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Quem paga preço de banana, não pode querer comer salada de frutas!

Regina Ramalho56

A especializada em gestão de comunicação, Regina Ramalho recomenda: “Todo patrimônio deve ser protegido e bem cuidado”. Na coluna desta semana, Regina fala sobre o setor de criação e seus riscos.

Publicado: 09/07/15
Foto:Edi Sousa eNalva Lima - Studio Artes
Colunista: Regina Ramalho, fundadora do Notícia Pró Trabalho, jornalista, jurista, cerimonialista e gestora especializada em comunicação, estratégica e construção de imagens. Consultora comportamental, facilitadora organizacional e VP (Vendedora Profissional), título mais recente, mas do qual muito me orgulho, pois ajudou a manter Notícia Pró Trabalho no ar.

Como comunicação é algo difícil de se mensurar, ainda é muito comum as pessoas acharem caro os produtos e serviços desta área. Muitas corporações acreditam que comunicação seja um artigo de luxo e por esta crença deixam para investir neste campo quando dispõem de algum capital extra ou quando já
estão na iminência de lançar algum produto ou serviço.

A comunicação abrange alguns ramos que são necessários para o destaque das organizações junto à sociedade. Entre os ramos estão: a comunicação estratégica, marketing, cultura organizacional e eventos (vamos falar sobre cada um deles em próximos artigos). Hoje falaremos em especial do departamento de criação.

Por desconhecerem totalmente a importância de se ter e manter um departamento de comunicação bem estruturado ou de contratar uma empresa para esta finalidade, muitos empresários findam optando por contratar para execução deste trabalho pessoas curiosas e totalmente despreparadas para o
serviço.

Por isso, aqui vale o dito popular, que deu origem ao título do artigo desta semana. “Quem paga preço de banana, não pode querer comer salada de frutas!”.

Vamos pegar como exemplo para nossa conversa desta coluna, a necessidade que todo produto ou serviço tem de desenvolver um logo (logomarca), que funcione como uma representação gráfica do nome da empresa ou marca (caso essa já exista).

O logo é de extrema importância para as organizações, pois ele permitirá quem observa que faça uma associação à identidade visual daquela empresa ou organização. Por isso, o logo tem como objetivo facilitar o reconhecimento do produto ou serviço. Seja pelo símbolo, cor, forma ou grafia.

O desenvolvimento de um logo é um trabalho complexo que requer profundo estudo. Incluindo uma busca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Gerando inclusive direitos autorais para quem o criou ou adquiriu (ler reportagem que explica as questões legais que envolvem a matéria).

A título de curiosidade colo aqui as quatro opções de registo no INPI (mais detalhes clique aqui).

- Nominativa: é aquela formada por palavras, neologismos e combinações de letras e números.

- Figurativa: constituída por desenho, imagem, ideograma, forma fantasiosa ou figurativa de letra ou algarismo, e palavras compostas por letras de alfabetos como hebraico, cirílico, árabe, etc.

- Mista: combina imagem e palavra.

- Tridimensional: pode ser considerada marca tridimensional a forma de um produto, quando é capaz de distingui-lo de outros produtos semelhantes.

Uma vez feito o levantamento do nome e escolhido o formato, começa o processo de criação do logo, que deve ser feito por designers especializados no assunto.

Jamais por pessoas curiosas que por entenderem de programação, acham que isso é o suficiente para criação de algo como o logo, tão importante para organizações.

É exatamente aqui que mora o perigo da contratação de uma empresa, serviço ou profissional, sem certificação ou experiência. Mesmo em tempos de crise, quando alguém lhe oferecer um serviço de comunicação muito abaixo dos
valores de mercado é melhor ficar desconfiado.

Frequentemente vemos anúncios do tipo: “Crie seu logotipo em poucos minutos”.

Os riscos de trabalhar com pessoas desqualificadas, são muitos. Entre eles o de estar usando material de propriedade intelectual de outras pessoas ou empresas, de usar símbolos que a lei não permite, de receber o logo em formato que para voltar a utilizá-lo terá que pagar a alguém para reconstruí-lo,
de o logo que foi criado ficar visualmente muito ruim aplicado nos materiais necessários e por ai vai uma longa lista de insatisfações.

Por isso na hora de adquirir produtos de comunicação, aqui vale a aplicação de outro dito popular: “Cuidado com o barato que pode sair caro”.

Espero ter podido ajuda-los. Até a próxima semana!

Outras informações-www.anigercomunicacao.com.br