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“As mudanças no mercado de trabalho: São possíveis, mas devemos lutar por elas”.

Descrição de Imagem:  Vinicius Schaefer, primeiro colunista surdo do país, usando uma polo branca, expressando que é possível fazer a inclusão social no mercado de trabalho. Fim da Descrição de Imagem Vinicius Schaefer apresentou em 2015, sugestão de projeto de lei para dois deputados federais voltado para capacitação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), se aprovado o projeto vai representar grande avanço no mercado de trabalho. 
 
Publicado:  -05-16
Foto: Edi Sousa e Nalva Lima Studio Artes
Colunista: Vinicius Schaefer é o primeiro colunista surdo do país, a escrever sobre trabalho e valorização da diversidade é fundador da Viva Acessibilidade, Administração Geral e Pós-graduado em LIBRAS, atualmente cursa Licenciatura em Matemática. Trabalhou em banco durante alguns anos no setor administrativo, foi professor de Libras em diversas universidades em São Paulo.
 
O mercado de trabalho não é nada fácil para quem tem alguma deficiência, mas precisamos ter coragem para lutar por melhorias e conseguir o que acreditamos. Não basta apenas reclamarmos sem fazer nada para mudar as situações que achamos ruim. Eu sempre luto pelo o que acredito. Durante minhas experiências de trabalho já passei por muitos momentos desconcertantes devido a comunicação. Esse ano, 2015, consegui apresentar algumas das minhas ideias para melhor inclusão das pessoas com deficiencia auditiva no mercado de trabalho para dois deputados federais. E uma das minhas sugestões foi aceita pelo , deputado federal Miguel Haddad. Que apresentou na Câmara, o projeto de lei n° 2230/2015, que prevê a capacitação de profissionais já inseridos no mercado de trabalho para atendimento adequado às pessoas com deficiência auditiva. O que é de extrema importância quando se pensa em inclusão. Por que se você tem alguém que se comunica em LIBRAS precisa de pessoas que saibam se comunicar ou ao menos tenham interesse em aprender. Assim as contratações deixam de parecer uma obrigação para cobrir as cotas. E o fato de não ter com quem conversar ou alguém que entenda o surdo dentro da empresa faz com que ele fique desmotivado, e acabe procurando outros postos de trabalho. 
De acordo com o projeto as empresas públicas e privadas no setor de comércio e serviços que tenham mais de cem empregados deverão manter, em seu quadro, pelo menos 10% do pessoal envolvido no atendimento direto ao público capacitado para o uso e interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Caso o projeto seja aprovado, representará um salto significativo para a inclusão das pessoas surdas, uma vez que sua inclusão será ampliada e outros funcionários da empresa participarão de fato do processo. Não estou aqui para defender nenhum partido ou político apenas acredito que podemos usar nossos deveres de cidadãos e buscarmos ajuda para que as mudanças ocorram a nosso favor.
Vinicius Schaefer 
São Paulo, 23 de julho de 2015.
Link para acesso caso tenha interesse.
 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1356765&filename=PL+2230/2015