Letras de Esperança
Mas e depois? O agora é fácil ser suprimido e satisfeito, mas e o amanhã?
Publicado: 20-10-16
Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras, Tradutor e Intérprete, coordenou a Academia de Microfinanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo, microfinanças e marketing pessoal. Atualmente realiza palestras sobre empreendedorismo e marketing pessoal e ministra Língua Portuguesa para candidatos a concursos públicos.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Praticamente fim de ano chegando. Dois meses apenas. Novamente eis as ideias fervilhando naquilo que será feito para a ceia de Natal e Ano Novo, quais as promoções a serem realizadas, quais serão os presentes a serem comprados, sugestões nas lojas através de vitrines bem decoradas e organizadas, cores, luzes, até flocos e bonecos de neve em peno país tropical. O tempo passa muito rápido com certeza e por isso não há tempo a se perder, não é mesmo?
Mas e depois? O agora é fácil ser suprimido e satisfeito, mas e o amanhã?
E aqueles a quem nós poderíamos ter também levado um preparo e uma fagulha que seja de felicidade, para uma noite única que seja, e um próximo ano de esperanças? Por que também não incluirmos em nossa agenda de fim de ano um momento empreendedor aos esquecidos?
Sim, momento empreendedor. Afinal de contas, empreendedorismo é e sempre será o momento de mantermos acesa a brasa de nossos sonhos, nossos objetivos e realizações. E, como sempre que me houve a oportunidade aqui deixei bem claro, nem sempre é só ao que se toca a comercialização de produtos e serviços. São, acima de tudo, ações e realizações que gerem satisfação em torná-las concretas.
Quantos asilos, orfanatos e casas de assistência de toda sorte abrigam pessoas que esperam não só o pão e o cobertor, mas uma palavra de esperança e de fé? Artigos que não necessitam de dispêndios materiais mas que valem ouro.
Palavras ditas ou escritas que levantem o ânimo e reavivam a fé de pessoas que já os tiveram perdido há tempo talvez e que, por um momento, terão a chance de reacender esses sentimentos tão humanos para retomarem a estrada das suas vidas.
E, na continuidade desta caminhada, quem sabe não (re)encontrarão a retomada de suas realizações e, principalmente, oportunidades que também lhe reacenderão ânimo e trarão ideias para também se tornarem realizadores de seus próprios sonhos e de outros, nascendo daí novos empreendedores?
Escrever uma pequena carta com as palavras certas a um interno de alguma casa reeducadora talvez seja o início de um novo pensamento e de novas atitudes na vida desta pessoa que teve a amplitude de sua visão de vida tolhida pelas más companhias e pelo mau caminho em que o submeteram e não pela sua própria sorte.
Quem sabe, entre um momento de pensar na decoração natalina de sua loja ou casa e no balancete de fim de ano, haja tempo suficiente para rascunhar um pouco de empreendedorismo social e fraterno?
A chegada do Papai-Noel pode ser antecipada conforme o tamanho de nossa boa vontade e determinação. E que, na verdade, ele acabará não apenas levando um presente de uma nova chance a terceiros, mas trazendo de volta sacos e sacos de satisfação e alegria aos nossos corações, às nossas vidas.
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