Inovando o novo 103
Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras, Tradutor e Intérprete, coordenou a Academia de Microfinanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo, microfinanças e marketing pessoal. Atualmente realiza palestras sobre empreendedorismo e marketing pessoal e ministra Língua Portuguesa para candidatos a concursos públicos.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Com base em alguns e-mails recebidos, vamos ao artigo da semana: como preparar-me para o novo desafio ao qual me proponho?
Estudando e se preparando obviamente.
Sou professor há anos e quero montar uma sala onde eu possa oferecer aulas de recuperação, reforço escolar, etc., posso? Poder pode. Tecnicamente eu estarei mais do que bem preparado para articular, desenvolver e colocar em ação todo o meu potencial docente. Mas e quanto ao gerenciamento do meu negócio? Estarei também preparado para administrá-lo como sendo um empreendimento rentável?
Boa parte dos empreendedores iniciantes acredita que pode levar uma empresa adiante apenas e tão somente com base em seus conhecimentos técnicos, mas isso é um grave erro. Se a pessoa não souber aplicar conjuntamente técnicas corretas de administração, o empreendedor corre o sério risco de acabar vendo o seu negócio afundar mesmo antes de conseguir zarpar. O negócio, então, é procurar capacitar-se para ser, acima de tudo, um bom gestor.
Meios não faltam. A começar pela internet, existem inúmeros vídeos que vão desde motivação empreendedora até contabilidade técnica de balanço comercial. Para quem não tem tempo de sair e dificuldades de transporte e locomoção é uma boa sugestão. Há vídeos dos mais simples àqueles com linguagem mais complexa, do mais ilustrativo ao mais sisudo.
Para quem sente a necessidade de ter um tutor por perto, que sinta falta do contato humano e rejeita o excesso de tecnologia nesses casos e do que seja virtual, o negócio é procurar uma das unidades do SEBRAE mais próxima de sua casa. Cursos completos ou em módulos dependendo de suas necessidades mais urgentes são opções de modelos presenciais a serem degustados e tudo gratuitamente.
Além de que há sempre a oportunidade de se compartilhar ideias, ânsias e angústias com quem estiver presente na hora do café. Fazer o chamado “networking” é uma ferramenta de aprendizagem sempre muito bem-vinda durante os intervalos. Agregar contatos iniciais não é só importante para procurar espelhos e mais base, mas, quem sabe, também montar uma agenda com contatos de futuros clientes e fornecedores. Quem nasce e cresce junto, acaba fortalecendo-se junto também.
Contudo tente não fechar tanto a sua visão para o seu próprio negócio, pois os novos tempos pedem inovação. Querer enxergar o próprio umbigo é não querer enxergar o mundo à sua frente.
Fazer pão para vender e saber administrar as vendas e concorrer com a Pullman ou mesmo com a padaria amiga do bairro não será tarefa fácil. Abra a sua visão e tenha sensibilidade que outros ainda não tiveram: com as sobras de casca de ovo por que não produzir adubo para a horta comunitária na pracinha ou em uma parte cedida no terreno da escola vizinha? Ou ainda montar uma sala de artes para se fazer uso de tantas garrafas pets que deveriam ser descartadas. Com atitudes e pequenas ações diferenciadas se podem, de repente, promover oportunidades de geração de renda àqueles que começaram pela consumação do seu próprio produto.
Não só se ensina a fazer o pão e consumi-lo. É ofertá-lo com um recheio especial de novas e criativas oportunidades.
Outras informações:
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