Apostando nas descobertas 100
Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras, Tradutor e Intérprete, coordenou a Academia de Microfinanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo, microfinanças e marketing pessoal. Atualmente realiza palestras sobre empreendedorismo e marketing pessoal e ministra Língua Portuguesa para candidatos a concursos públicos.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Retomando o tópico abordado na semana passada, inovar a inovação, através da postura de ser um empreendedor social, já é visto como um diferencial forte no mundo dos negócios.
Visto que empreender socialmente não visa a simples rotina empreendedora, mas ter e manter uma visão além do que se pretende, é uma atividade bem mais ampla, sem restrição de negócio. Não importa o seu ramo de negócio, mas sim descobrir maneiras de inovar e exercer a sustentabilidade ligada à educação, tecnologia, saúde ou ao próprio desenvolvimento comercial da comunidade.
E não apenas da comunidade próxima. Como dito anteriormente, é querer alçar voos mais altos e desafiadores... mas com muito pé no chão, com planejamento, foco e determinação.
Desta maneira pode-se encontrar meios e ações viáveis para conseguir ajudar pessoas que moram mais distantes, em locais, muitas vezes consideradas áreas de risco, que precisam de apoio, principalmente em relação à geração de empregos e educação.
Deixar certas responsabilidades apenas para o governo e fechar os olhos para oportunidades é cair nas malhas do egoísmo, da presunção e da arrogância.
Tomar atitudes de responsabilidade social e seguir em frente de forma que a sua empresa comece a ganhar notoriedade e relevância local e regional, fazendo com que a própria comunidade, por outro lado, também assuma compromissos e fortaleça uma cumplicidade de trabalho. É inserir grupos de baixa renda na cadeia produtiva, levando todos a uma condição de vida melhor.
Produzir itens e serviços a preços acessíveis e levar a comunidade atuante a ter melhores condições não é só gerar uma imagem positiva para a empresa, mas fomentar a realização de uma satisfação pessoal, de saborear uma nova textura de ter alcançado e vencido um novo desafio e ter ajudado pessoas que nem imaginava existir.
Levar a estas pessoas novas condições de inserção no mercado consumidor de forma responsável é trazer conjuntamente as responsabilidades de políticas públicas, pois as demandas dessa população também aumentarão, como, por exemplo, exigir saúde, educação e saneamento básico.
O empreendedorismo social, além de alavancar ações e cutucar os governantes perante as suas responsabilidades de realização de promessas eleitorais, começa encontrar talentos natos em áreas menos favorecidas, o que garante acesso a ideias até então sufocadas ou escondidas. Uma mão dupla para que a empresa passe a fomentar essas oportunidades e trazer os resultados positivos a favor de ampliar a sua visibilidade comercial na sociedade.
Ações simples como criação de concursos, apresentações e promoção de eventos ou mesmo simples e tímidas participações em festas, tornam-se ferramentas de visibilidade participativa e de descoberta desses novos talentos.
Talentos esses que podem ser muito bem aproveitados no desenvolvimento e crescimento dos negócios e da produtividade.
Voar alto mas bem acompanhado é tornar a viagem no mundo dos negócios muito mais agradável e segura.
Outras informações:
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