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Barreira do preconceito visual foi quebrada nos Jogos Paralímpicos 3

Descrição imagem: Colunista Renato Barbato com os óculos escuros na  cabaça, vestido de camisa branca, braços cruzados e uma cara de afirmação. Fim da descrição. Um olhar surpreendente sobre as disputas

Publicado:22-8-16
 
Por: Renato Barbato
 

Colunista: Renato Barbato é jornalista, palestrante, locutor, apresentador no programa “Papo no Balcão”, Arquiteto Urbanista, graduado pela Faculdade Belas Artes-SP e Técnico Eletrotécnico. Enquanto liderança atuou no Grupo de urbanismo da entidade e como diretor na modalidade Técnico (entre 2001 a 2003).  Movimento Cidade Para Todos (Fundador e representante), Vice-coordenador do GT Acessibilidade (em 2011), representante titular do IAB/SP na CPA – Comissão Permanente de Acessibilidade do Município de São Paulo (desde 2011). CADEVI – Centro de apoio ao deficiente visual é associado (desde 2013) e conselheiro (de 2014 a 2017). 

 
Foto: Edi Sousa Studio Artes
Fotos: Arquivo pessoal do João Maia
 
Até há pouco tempo uma mulher entrando para as Forças Armadas era algo inimaginável, um homem tomando conta da casa, levando os filhos à escola, fazia parte do imaginário de contadores de história, mas não passava pela mente dos habitantes desse nosso planeta azul. Todos esses preconceitos foram deixados no passado, claro, guardadas as devidas proporções, ainda existe sociedade machista. Mas e as pessoas com deficiência, em especial a deficiência visual, foco dessa coluna, como são vistas no mercado de trabalho e nas funções que exige boa percepção ou acuidade visual.
 
Certamente dirão: “Impossível um cego ou baixa visão trabalhar com fotos e imagens”, outros afirmarão: “Cego não Vê, como vai trabalhar com audiovisual” e alguns mais exaltados poderão dizer: “Cego trabalhando com imagem, é o apocalipse”.
Não é o que pensa e demonstra o fotógrafo João Maia, um piauiense que como tantos nordestinos deixou sua terra natal, Bom Jesus do Piauí, com a intenção de buscar uma vida melhor na cidade grande. Trabalhou como carteiro até que no ano de 2004 devido a uma Uveite bilateral Maia perdeu a visão, conseguindo enxergar apenas vultos e manchas coloridas.
 
Segundo afirma, “Vejo borrões como os de uma aquarela, então vou pintando meu caminho como uma tela”, e de pincelada em pincelada nossa personagem chega ao ápice, vai ser o único fotógrafo com deficiência visual a retratar os Jogos Paralímpicos Rio 2016, contratado pelo Projeto Superação 2016 - Mobigraphia, com a chancela do profissional das lentes Ricardo Rojas.
 
Suas fotos são de uma sensibilidade a toda prova, Maia consegue captar as emoções em cada clic do seu equipamento, deixando boquiabertos os mais críticos com relação ao que pode ou não fazer uma pessoa com deficiência visual.
Sua trajetória na fotografia começou em 2008 quando se inscreveu no Curso Livre de fotografia para  pessoas com deficiência visual, no SENAC Santo Amaro, localizado na capital paulista. Para não ficar somente no curso começou a praticar esporte paralímpico, disputando provas de arremesso de peso e lançamento de dardo e disco, fato que contribui atualmente para o profissional captar as melhores imagens dos competidores. Maia relata que esse conhecimento prévio das provas Deu a base para saber a expressão do atleta. “Sei o que ele tem que fazer em cada situação. Conheço os sentimentos dos atletas”, completa.
 
O curso do SENAC se encerrou em 2012, mas a vontade e determinação do fotógrafo não. Se inscreveu nos cursos do MAM – Museu de Arte Moderna, no curso para deficientes visuais da Pinacoteca do Estado de São Paulo e atualmente na Eduk.
No início de 2015 decide abandonar definitivamente o paradesporto e dedicar-se integralmente a arte de fotografar. Numa entrevista concedida em dezembro de 2015 ao Programa Papo no Balcão, expõe seu desejo de cobrir os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que agora se concretiza como primeiro passo para uma carreira promissora, afinal Maia não teve medo dos desafios e vence a cada dia o preconceito que uma pessoa com deficiência visual não pode trabalhar com conteúdo audiovisual.
 
Desde o dia 5 de agosto com o início das disputas olímpicas e a partir do dia 7 de setembro com as paralimpíadas recordes serão pulverizados, homens e mulheres superarão seus próprios limites, e o principal é que a Barreira do preconceito visual será quebrada nos Jogos Paralímpicos pelo fotógrafo João Maia, com Um olhar surpreendente sobre as imagens que os enxergantes não conseguem captar com os outros sentidos, demonstrando que, como falou um grande homem a mais de 2000 anos atrás, “Tudo é possível para aquele que crê”. Descrição da imagem: Na outra o fotografo João Maia também deficiente visual em plena atividade de trabalho, isso é fotografando. Fim da Descrição.
 
E para quem não acredita, basta conferir nos canais do João Maia nos seguintes endereços:
 
Face Book: www.facebook.com/joaomaiafotografo
Instagram: joaomaiafotografo
 
E ele ainda disponibiliza todas as imagens com áudiodescrição, que é a descrição das imagens para plena compreensão do público com deficiência visual, em outras palavras, rede social totalmente inclusiva.
Esse colunista espera que num futuro não muito distante os ditos, hummmm, normais, vejam as pessoas com deficiência como um igual, que somente não tem um sentido, um movimento, uma facilidade de compreensão, mas que todos são capazes e a barreira do preconceito seja enterrada definitivamente, sem a necessidade dessas pessoas ter que matar um leão, ou melhor, matar não, senão os direitos dos animais pegam pesado, domar um leão por dia para mostrar sua capacidade e competência.
 
Outras informações:
www.paponobalcao.com.br
barbato.renato7@gmail.com
paponobalcao@gmail.com
Celular TIM: (11) 99397-0327 (Operadora TIM) WhatsApp
 
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