Atleta olímpico ou esportista de fim de semana?
Publicado: 18-8-2016
Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras, Tradutor e Intérprete, coordenou a Academia de Microfinanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo, microfinanças e marketing pessoal. Atualmente realiza palestras sobre empreendedorismo e marketing pessoal e ministra Língua Portuguesa para candidatos a concursos públicos.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Eu bem sei que parecerei ser um tanto quanto piegas e repetitivo em usar o tema Olimpíadas como pano de fundo, mas acredito que, neste momento, este evento esportivo seja o maior exemplo de empreendedorismo no momento.
A expectativa de bons e novos resultados, quebrar barreiras, a constância da superação, trabalho em equipe, respeitabilidade e atuação constante em prol ao autodesenvolvimento e evolução naquilo que se mais gosta. Pilares básicos que, àquele que demonstra ao menos um mínimo de interesse em saber ou começar a empreender, devem ser levados consigo.
A cada competição, a cada cena de subida ao pódium, vê-se, estampadamente no semblante de cada atleta, o valor real do suor e do esforço por trás de uma medalha conquistada.
Quando lhes assistimos e torcemos, não vibramos apenas pela vitória, mas devemos reconhecer e valorizar todo o processo que foi desenvolvido até aquele momento. Treinos pesados e constantes, fraturas e dores físicas, erros e acertos e o decorrer de uma contínua aprendizagem e crescimento.
Um empreendedor deve ter em mente que a sua situação não é nada diferente nem muito distante de uma preparação de participação olímpica.
Muito estudo, dedicação, sacrifícios, o constante abrir mão de algumas coisas das quais se pensava necessitar, repensar de atitudes, ações e ideias, aprender com os erros e nunca desistir ou baixar a guarda. Nunca abrir espaço para lamúrias ou para a desmotivação.
O bom atleta treina para que venham os melhores resultados, até recordes. Mas ele também sabe que poderá estar entre os desclassificados a partir de um mínimo de deslize em uma fração de segundos. Mas ele não desiste nem abaixa a cabeça. Volta ao treino, conversa e ouve atentamente o seu treinador, corrige as falhas e aprimora os acertos, simplesmente pelo mérito de seu fortalecimento, pois sabe que os desafios não param em uma única competição.
Mesmo perdendo, ele mantém o espírito olímpico da ética, da integridade, do respeito e cumprimenta aquele que foi o seu adversário, pois reconhece que foi por causa dele mesmo que pôde refazer e aprimorar todo um processo. Senão não saberia!
Ver e aproveitar o que há de bom no dito “inimigo” é o melhor caminho para se reforçar (ou começar a construir) o sentimento da humildade e da aceitação.
Empreendedor, esteja sempre em contínua preparação e treinamento para que seja sempre merecedor de seu ouro olímpico.
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