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Escolhendo o profissional de comunicação

Regina Ramalho29

Na coluna desta semana a gestora de comunicação Regina Ramalho, fala sobre a importância da escolha do profissional que vai atuar no atendimento à imprensa. Levanta alguns perfis positivos e negativos que estão no mercado e provoca a reflexão de empregadores e profissionais, sobre como está sendo feita esta comunicação.

Publicado: 14-04-15
Foto: Edi Sousa e Nalva Lima - Studio Artes
Colunista: Regina Ramalho, fundadora do Notícia Pró Trabalho, jornalista, jurista, cerimonialista e gestora especializada em comunicação, estratégica e construção de imagens. Consultora comportamental, facilitadora organizacional e VP (Vendedora Profissional), título mais recente, mas do qual muito me orgulho, pois ajudou a manter Notícia Pró Trabalho no ar.

Quando um empresário, diretor ou autoridade de órgão público, decide por contar com o apoio de uma equipe de comunicação, o processo de seleção dos profissionais de assessoria deveria ser muito semelhante ao da escolha de um parceiro, pois os eleitos vão dividir com o empregador “os maus e os bons resultados”.

Vamos falar um pouquinho sobre a contratação. Neste período, os pontos mais importantes são a avaliação da capacidade do comunicador em atender suas necessidades, os outros profissionais que vão compor a equipe de atendimento, a experiência e se a empresa de comunicação possui um plano de trabalho organizado. Além do entrosamento dos profissionais com o grupo.

Assim vou deixar algumas perguntas para que possamos refletir juntos. O que é mais importante:

Um profissional que conheça seu setor ou um com alto nível de criatividade?

São necessárias habilidades em contatar a imprensa, ou alguém com forte recomendação de seus colegas?

Para pensarmos mais um pouco a respeito, vou citar e comentar de forma caricata, alguns perfis de pessoas despreparadas para atender a imprensa, mas que infelizmente estão no mercado e prejudicam muito os processos de comunicação.

Separei quatro dos mais comuns para estudarmos.

Porteiros- Dificultam o acesso dos jornalistas, por despreparo ou falta de informação.

Operário- Fabricam releases ou artigos, na tentativa de mostrar serviço lotando as caixas de e-mail dos profissionais com conteúdo vazio que vai direto para o lixo.

Novatos de jornalismo- Estudantes, sem supervisão de um profissional de comunicação, que aceitam que empresários e diretores dos órgãos públicos e privados ditem seus textos, mesmo sabendo que o conteúdo não trás nenhuma informação relevante para a sociedade.

Donos do pedaço- Já possuem certo nome (herdados da época que estavam na grande mídia) ou está há tanto tempo com o assessorado que acreditam serem os donos destes. Tomam a decisão no lugar da personalidade que deveria ser entrevistada, dificultando o diálogo e a transmissão da informação.

Mas nem só de maus profissionais vive o mercado. A medida que as empresas vão se conscientizando da importância do trabalho de uma comunicação bem feita, encontramos com excelentes profissionais que funcionam como facilitadores das relações com a mídia e por isso conquistam cada dia mais espaço e o respeito dos colegas, ao ponto de serem citados como fonte na veiculação das notícias.

A ponte- Mesmo não sendo tarefa das mais fáceis, os bons profissionais de comunicação, estão sempre comprometidos com as boas práticas e os códigos de ética e conduta da profissão.

A porta aberta- Transmitem as informações das empresas e instituições, de forma que seu relacionamento com a imprensa possa contribuir para uma sociedade melhor, democrática e sustentável.

O facilitador- Contam sempre com a informação documentada e organizada, fotos em alta resolução, dados estatísticos, gráficos, personagens e porta-vozes capacitados a disposição para entrarem no ar ou falar com a grande e pequena imprensa, seja sábado, domingo ou feriado.

Sendo assim, antes de culpar a grande imprensa é necessário lembrar que o jornalismo é uma avenida de trânsito intenso e duas mãos. Em uma estão os veículos de comunicação (rádio, TV e imprensa escrita). Do outro lado está a informação que para ganhar espaço e ser transmitida necessita estar organizada, documentada e contar com personagens (pessoas comuns que se beneficiam ou não com o fato) ou personalidades (autoridades no assunto) que ilustrem a matéria.

Pensem nisso! Até a próxima semana!

Outras informações- www.anigercomunicacao.com.br