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Mídia, é mídia e ponto!

Regina Ramalho115

“Para quem acredita ter algo importante e relevante para comunicar à sociedade é importante ressaltar que não existe esta conversa de veículo de comunicação de menor ou maior porte”, afirma a gestora de comunicação Regina Ramalho.

Publicado: 07/07/15
Foto: Edi Sousa e Nalva Lima - Studio Artes
Colunista: Regina Ramalho, fundadora do Notícia Pró Trabalho, jornalista, jurista, cerimonialista e gestora especializada em comunicação, estratégica e construção de imagens. Consultora comportamental, facilitadora organizacional e VP (Vendedora Profissional), título mais recente, mas do qual muito me orgulho, pois ajudou a manter Notícia Pró Trabalho no ar.

O ato de noticiar algo, deve ser, um processo democrático e construído ‘passo a passo’. Por isso, nesta e em todas outras etapas da comunicação o atendimento aos veículos de comunicação devem ser realizados de forma igualitária. Havendo preferência no atendimento apen
as em ocasiões onde o profissional está para entrar ao vivo. Neste caso é de bom senso que o colega jornalista que está para entrar ao vivo seja prestigiado.

Tanto nos processos de transmissão da informação como nos de construção de imagem, nenhum veículo de comunicação que venha a ter interesse sobre o assunto, pode ser desprezado ou tratado de forma diferente. Mesmo depois da informação, já ter conquistado espaço nos grandes órgãos de comunicação ou da imagem já estar formada perante a opinião pública.

A mesma recomendação de ‘política de bom atendimento’ vale para as solicitações de atendimento e pedido de envio de informações de profissionais e estudantes de várias áreas. Lembre-se, o estudante de hoje, pode ser o colega ou profissional de destaque da área amanhã.

Para que vocês possam acompanhar o meu raciocínio desta semana vou contar de forma resumida um pouco da minha experiência como assessora de comunicação.

Há mais de 15 anos, quando iniciei o trabalho de comunicação e divulgação do Centro de Solidariedade ao Trabalhador da Força Sindical, o assunto “trabalho” era pauta apenas nos Classificados de Domingo ou em uma coluna que circulava as quartas-feiras, chamada: Diário Sindical.

O processo de convencer as grandes instituições de comunicação a tratarem diariamente do assunto “oportunidade de trabalho”, por intermédio de concessões de espaços gratuitos e a divulgação de matérias que tornou o CST conhecido inclusive fora do país como: “O maior e melhor centro público de emprego da América Latina”, contou em sua fase inicial principalmente com o apoio dos chamados veículos de comunicação de menor porte.

Na época o atual jornal “Concursos & Empregos”, por exemplo, era apenas “Concursos” e foi um dos primeiros jornais impressos a conceder espaço gratuito para falar de trabalho com uma riqueza de informações, que foi fundamental para fazer com que as pessoas comparecessem ao CST em semanas onde contavam com um maior número de ofertas de trabalho dentro de seu perfil.

O Jornal Concursos circulava semanalmente e seu espaço foi vital para orientar e distribuir a demanda de mais de 10 mil pessoas por dia, para dias e semanas onde o cidadão possuía mais chance de obter trabalho.

O segundo veículo impresso a tratar a informação sobre trabalho de forma mais completa foram os jornais: Diário de São Paulo (na época ainda Diário Popular) e o extinto Jornal da Tarde. Estes dois passaram a abrir espaço inclusive durante a semana para divulgação das chamadas: “Agendas das Salas de Seleção”.

Desta forma a comunicação sobre trabalho que era naquela época reservada apenas para os Classificados de Domingo e erroneamente empurrava um grande número de pessoas a buscar trabalho todas juntas, às segundas-feiras e causava uma triste cena de filas e mais filas aos entornos do posto de atendimento, foi se modificando.

A medida que a imprensa impressa foi abrindo oportunidade de tratar do assunto diariamente, as matérias e notas explicativas sobre as seleções do CST passaram a educar as pessoas, através da informação que: “Todos os dias eram dias de procurar trabalho”, mas que era melhor deixar para ir até um posto, em um dia ou semana com o maior número de ofertas dentro de sua categoria de atuação.

A política do bom atendimento a imprensa impressa, de manter sempre as portas abertas e o diálogo com todos os veículos de comunicação, inclusive com os profissionais ainda estudantes foi o que contribuiu para o fato de chegarmos a atender cerca de 60 veículos dia (de grandes, médio ou de pequeno porte), nenhum veículo era desprezado.

Também acho importante, destacar que em 16 anos de atuação dentro do mundo do trabalho, muitos estudantes de ontem, que buscaram informações e atendimento nas instituições por onde passei, são hoje colegas de destaque, nos mais renomados veículos de comunicação.

Por isso, fica aqui a dica desta semana: “Mídia, é mídia e ponto!” e “Estudante hoje, colega e profissional de destaque amanhã”.

Até a próxima semana!

Site: www.anigercomunicacao.com.br