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A febre das redes sociais atinge personalidades públicas

Regina Ramalho4

No artigo desta semana a gestora de comunicação Regina Ramalho, comenta casos de personalidades públicas de universos diferentes que estão tendo suas imagens arranhadas em razão do mau uso das redes sociais.

Publicado: 04/08/15
Foto: Edi Sousa e Nalva Lima - Studio Artes
Colunista: Regina Ramalho, fundadora do Notícia Pró Trabalho, jornalista, jurista, cerimonialista e gestora especializada em comunicação, estratégica e construção de imagens. Consultora comportamental, facilitadora organizacional e VP (Vendedora Profissional), título mais recente, mas do qual muito me orgulho, pois ajudou a manter Notícia Pró Trabalho no ar.

Já estava prevista uma pauta especial sobre a febre das redes sócias, mas uma conversa em um dos grupos do WhastsApp que participo inspirou a antecipação da produção deste artigo.

No grupo um dos colegas de assessoria de imprensa, desabafa a dificuldade de fazer seu assessorado entender que ele é uma personalidade pública e que, portanto, publicar coisas em suas redes sociais sem um suporte ou em momento oportuno pode ser não só um desrespeito ao profissional contratado para zelar por sua imagem, mas também as pessoas ou aos acontecimentos do local onde o assessorado está no momento da publicação.

Para ressaltar o desabafo o colega publicou uma foto de um evento no qual três dos componentes de uma mesa diretora, formada de frente para as pessoas que assistiam e fotografavam o evento, mexiam em seus celulares, enquanto, outro, componente falava a plateia.

Algumas pessoas até conseguem prestar atenção ou fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Mas para quem vê a foto ou assiste a cena parece puro descaso com quem fala e com a importância da solenidade.

A chamada “Febre das redes sociais” causa muitas outras sequelas às pessoas públicas. Entre os riscos está o da comunicação ficar incompleta. Uma comunicação mesmo sendo curta (como no caso do Twitter, por exemplo, que limita a 140 caracteres) deve ter começo meio e fim. Outros posts saem com erros graves de português, ou ainda pior, sem confirmação de fonte e conteúdos desconectados, que quebram a importância da comunicação.

Para explicar os riscos deste último item vou citar um case recente que ocorreu durante a última campanha eleitoral. Enquanto a equipe principal fazia uma comunicação alinhada com a proposta aprovada pelo candidato, o mesmo publicava post inocentes ou compartilhava propaganda de lojas, produtos e serviços de seus amigos, desviando o foco de sua própria candidatura.

Aqui também vale a recomendação dos cuidados, com a escolha apurada, do profissional que vai auxiliar na administração de sua página, zelando por sua imagem e boa comunicação.

No mesmo caso tratado na questão acima, várias pessoas tinham a senha do perfil do candidato. Enquanto um publicava, outra ocultava, outra assinava como: assessora fulana de tal... os textos no perfil do candidato. A lista de falhas cometidas no case em questão foram enormes...

Apesar dos autos e baixos, a grande popularidade do candidato e seu histórico político, além da retomada de direção da equipe principal, fizeram com que ele ganhasse a campanha. Mas pode ter certeza que a sua rede social não foi a alavanca de sua campanha. Muito pelo contrario, por pouco, muito pouco não foi um cenário de uma guerra sanguinolenta entre assessores e também detonador da campanha.

Espero ter podido ajuda-los. Até a próxima semana!

Outras informações- www.anigercomunicacao.com.br