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Deficiência é não contratar!

Descrição de Imagem: Mara Gabrilli, esta sorrindo na foto e usa um vestido colado ao corpo, com estampa florida, com seus cabelos soltos. Fim da descrição de imagem.Estreia está semana na editoria de diversidade, a coluna mensal da publicitária e psicóloga Mara Gabrilli. Todos os meses Mara vai trazer artigos que falam sobre a capacidade produtiva das pessoas com deficiência, mudanças nas leis com relação à geração de trabalho e renda, cultura inclusiva e tecnologia assistiva.
 
Publicado: 27-04-15
Foto:Edi Sousa e Nalva Lima Studio Artes
Colunista:Mara Gabrilli é publicitária, psicóloga, deputada federal pelo PSDB, fundou em 1997, o Instituto Mara Gabrilli, OSCIP que apoia atletas com deficiência, promove o Desenho Universal, fomenta pesquisas científicas e projetos culturais. 
 
  
Você sabia que no Brasil ainda são poucos os cidadãos com deficiência que fazem parte do mercado de trabalho formal? Para se ter uma ideia, no último Censo do IBGE, quase 20 milhões de brasileiros com deficiência declararam possuir alguma ocupação. No entanto, somente 330 mil estão trabalhando com carteira assinada.
 
Para tirar esse imenso contingente da informalidade, a Lei Brasileira da Inclusão, projeto do qual sou relatora, propõe a criação do Auxílio Inclusão, um benefício que será concedido à pessoa com deficiência que ingressar no mercado de trabalho.
 
A ideia é mudar a forma assistencialista com que o Governo trata esse cidadão hoje. Ao invés de ficar em casa, recebendo benefícios de subsistência do Estado, a pessoa com deficiência terá direito a um suporte financeiro para se tornar ativa na sociedade. Com isso, passará de beneficiada para contribuinte, como todo trabalhador.
 
Na prática funciona assim: ao ingressar no mercado de trabalho, a pessoa com deficiência deixará de receber o benefício do Governo e passará a ganhar o Auxílio Inclusão, que servirá como um estímulo para que ele se mantenha ativo no mercado e também arque – sem prejuízos - com os custos da sua deficiência, como transporte adaptado, órteses, próteses, tecnologias assistivas...
 
As vantagens são inúmeras, inclusive para a Previdência do país, que deixará de apenas pagar benefícios integrais para milhões de pessoas e passará a receber a contribuição desses trabalhadores.
 
O trabalho é sem dúvidas uma das principais ferramentas de integração social de qualquer ser humano. Além de garantir poder de consumo, dignidade e bem-estar, é o que nos permite sonhar. Sem falar que movimenta a economia do país.
 
Para mim, a felicidade está ligada a minha capacidade de produzir. E neste sentido, é o trabalho um dos maiores combustíveis para me manter autônoma e realizada. Em breve esperamos que outros tantos brasileiros com deficiência sintam-se assim. 
 
Outras informações: 
 
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