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Copa do Mundo: atendimento padrão FIFA?

Por todo lado vemos pessoas reclamando que a “Copa do Mundo” não trouxe melhoras ou oportunidades para o Brasil. Será? Será que fizemos ou estamos também fazendo a nossa parte? (confira a coluna do professor Wanderley Jr).  
 
Wanderley 2016Publicado- 22/05/14
Colunista- Wanderley Rodrigues Junior
Foto- Edi Sousa 
 
Será que é cisma minha, mas a qualidade dos serviços e atendimento só piora a cada dia? E eu, por ironia do destino, tenho que ser a testemunha (e até vítima) de muitos deles. 
 
Não nego que há o seu lado positivo: combustível inesgotável de temas para os nossos encontros semanais! Se não bastassem as graves falhas empreendedoras durante as datas comemorativas, conforme já mencionadas em textos anteriores, a proximidade do evento da Copa do Mundo faz com que fiquemos escalados fixamente apenas para o banco de reservas no time do Empreendedorismo.
 
Pense comigo: alguém que esteja fora de seu país, sem falar o idioma local e com fome, naturalmente procuraria que estabelecimento para comer ou que, ao menos, trouxesse-lhe a sensação de segurança e tranquilidade por uma boa refeição? Lógico que alguma marca que lhe fosse familiar, não é mesmo? Mas o que o turista está encontrando nas famosas lojas de “fast-food” é algo de se perder a fome!
 
Uma cena que chega a ser hilária: o cliente apontando aflitamente para o menu luminoso e o atendente respondendo através de mímica e até tentando proferir uma palavra ou outra, acreditando ser em inglês. “The book is on the table” passou longe dali! Fora as risadinhas dos outros colegas de trabalho ao lado que apreciam a cena em curso.
 
Megarredes internacionais de “fast-food” não poderiam ter pensado no preparo técnico, e estou dizendo o mínimo, para que o seu colaborador estivesse habilitado para atender à enxurrada de turistas estrangeiros que desembarcariam em nosso território? 
 
O que seria o investimento de menos de uma semana para um cursinho rápido de inglês de atendimento? Nem digo para todos os colaboradores. Poderia se escalar apenas um ou dois que tivessem maior facilidade ou prévio conhecimento no idioma estrangeiro. 
 
Frases prontas serviriam, pois o dia a dia desse tipo de serviço (infelizmente roboticamente nos ofertado) resume-se em cumprimentar o cliente assim que encosta no balcão, um “em que posso ajudar” e eis o valor a pagar.
 
Como complemento algumas versões dos ingredientes dos seus principais sanduíches. Pronto! A qualidade no atendimento já seria vista com outros olhos. 
Olhos de quem está sendo bem-atendido, olhos da respeitabilidade ao cliente estrangeiro, olhos de quem está sendo bem-recebido em país que valoriza as relações internacionais.
 
Mas não. Ninguém se preocupou em prever tal situação? Cadê a sensibilidade empreendedora? 
 
Já disse, repito e afirmo: empreender e obter o sucesso desejado não é só vender, é saber prever e prevenir-se de situações adversas, é estar atento às necessidades e às oportunidades que vivem batendo à porta.  
 
O empreendedor deve estender essa preocupação a seus colaboradores, preparando-os bem, afinal de contas, são eles que estarão sempre na defesa, na boca do gol. 
 
Seja um verdadeiro técnico campeão com uma equipe bem qualificada e todos erguerão a “Taça do Mundo” do sucesso!