Home/ Editorias/ Empreendedorismo/ Empreendedorismo gastronômico 25

Empreendedorismo gastronômico

Quem quer se livrar do patronato, ter horários livres de trabalho e procura independência, logo procura empreender. O problema é saber escolher a área ideal, em que ramo atuar, o produto a ser desenvolvido, pois opções é que não faltam! Talvez por isso muitos logo se decidem investir no setor alimentício, afinal de contas todo mundo precisa comer, não é mesmo?
 
Isso é verdade, mas como o alimento será manuseado, como será ofertado, como se colocar o valor a ser comercializado, qual o gosto do meu cliente na região de atuação, são todos pontos fundamentais para se ponderar, caso contrário é melhor empreender em roupas ou cosméticos cujos ramos oferecem um nível de risco bem menor.
 
Wanderley 2016E pensar sempre em inovar. Se será um carrinho ambulante ou um requintado restaurante a oportunidade estará onde houver inovação, criatividade colocada em ação, sem medo de errar, ousar deverá ser a palavra de ordem.
 
Docinhos, salgadinhos ou até o tradicional arroz com feijão são habituais, velhos conhecidos do paladar brasileiro que já se tornaram obsoletos. Não em seus sabores, mas em suas apresentações, em seus temperos, por isso se procura aquele algo mais em que há a necessidade de se atuar. Quem o fizer lhe será concebido o sucesso! 
 
É o que está acontecendo e é o que notei, de uns poucos tempos para cá, principalmente com as vendas de salgadinhos: padarias vendendo supercoxinhas de 1kg, novos modelos de dispositivos de venda, verdadeiros “food dispensers” automáticos ou mesmo no estilo “self-service”, ou seja, em ambos casos não há mais o contato humano terceirizado com o alimento (o uso de moedas ou pegadores individuais dispensam o atendente). 
 
E que tal vender minicoxinhas em copos descartáveis de 300, 500 ou 700 ml? Fritinhas na hora e com a vantagem de sair comendo. Praticidade e agilidade ao nosso dia a dia corrido são pontos valorizados pelo consumidor dos grandes centros.
 
Sair do tradicional é sinal de inovação: recheio de frango tornou-se ultrapassado. Você já experimentou coxinhas nos sabores calabresa, carne-seca, 4 queijos e com rúcula? São sabores diferenciados fazendo o processo de salivação e a curiosidade ficarem aguçados. Uma técnica que induz o cliente a continuar voltando até experimentar o último sabor.
 
Aliás, neste mesmo ínterim, as empadas também ganharam um bom espaço em inovação: já existe franquia para o quitute ser comercializado em diversos sabores e com o requinte de ser consumido, de talher, em um recipiente adaptado e em madeira.
 
Empreender, e com inovação, também implica em responsabilidades importantes quanto à higienização e manuseio desses alimentos. Conferir sempre data de vencimento, recipientes e lugares onde serão acondicionados devem ser estudados, higienizados e adaptados, caso necessário, para o início do funcionamento do empreendimento. E ainda atenção especial e o devido respeito às normas e condições implicadas pelos órgãos municipais e estaduais de saúde e vigilância sanitária.
 
Só para lembrar que estes tipos de quitutes só existem no Brasil e são a alegria dos turistas estrangeiros que procuram por algo novo a ser experimentado em suas aventuras em terras tupiniquins.
 
O resultado final é saciar a fome do cliente com satisfação e engordar apenas o seu orçamento. Bora lá?