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Olhar, perceber e trabalhar

Na coluna do professor Wanderley Jr, desta semana um convite para sair da zona de conforto e fazer uma tentativa de seu negócio com ‘os olhos dos clientes’, ás vezes mesmo quando tudo parece bem, pode ficar ainda melhor (confira). 
 
 
Wanderley 2016Publicado- 31/07/14
Colunista- Wanderley Rodrigues Junior
Foto- Edi Souza. 
 
Empreender é não só se dedicar ao bom gerenciamento da sua loja, na administração de funcionários e balanços de ganhos e perdas, mas sim estar ciente das necessidades contínuas de seus clientes e em aplicar doses de criatividade sempre que possível.
 
Existem muitos empresários que acham que o sucesso de seus negócios seja apenas manter o livro-caixa estabilizado. Algo muito estável, no sentido de não haver altos e baixos, situação de homogenuidade total, pode também ser indício do começo de uma queda. Fique alerta!
 
Qualquer falha pode se tornar o marco para uma consequência desastrosa e um período de estiagem, seja com a parte material (produtos, estoque, validade, compras, vendas, etc.) seja com a parte humana (satisfação de funcionários, motivação, qualidade de atendimento, postura, etc.). Por isso mesmo, muitas vezes, o empreendedor deve largar a sua postura de dono do negócio e incorporar o cliente do negócio. 
 
Chegue ao seu estabelecimento, escritório, escola, instituição, enfim, ao lugar onde você agora entrará com os olhos de cliente. Corra-os por tudo e tente perceber os detalhes, principalmente os que faltam. 
 
Veja, como cliente, o que lhe traria mais satisfação: um corredor apertado com prateleiras cheias ou uma decoração simples mas que deixasse a sua visita mais agradável e lhe despertasse a vontade de voltar? Sentiu a necessidade de algum produto e ele não está disponível? Pôde sentir a simpatia e a motivação de seus colaboradores quando entrou? Foi de maneira natural ou ficou evidenciado o artificialismo do bom-grado forçado se fosse um primeiro contato?
 
A limpeza está condizente? Olhe de cima até embaixo. Notou a pintura das paredes, manchas no teto, tenebrosas teias de aranha sem ser época de “halloween”?
 
Existem simples lojinhas de doces que aumentaram as suas vendas só por deixarem os clientes badalarem um sino que foi instalado na porta ou no caixa. Ou ainda aqueles que notaram o crescimento do movimento do empreendimento após a simples troca de cor da tinta das paredes ou que trocaram de lugar o balcão de atendimento. 
 
Aparentemente estava tudo bem, mas notaram que poderiam incrementar. Mas só puderam notar quando se deixaram ‘ver com os olhos de clientes’ e não com os olhos de quem empresaria.
 
Saia já da zona de conforto! Faça de sua situação atual o motor de arranque para a fábrica de ideias e de inovação que existe dentro de você!