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Empreendedorismo Compartilhado

‘Nenhum sonho é construído só’, já dizia o dito popular. No artigo desta semana o colunista professor Wanderley Rodrigues Junior nos convida a refletir sobre a necessidade de se contar com sócios ou parcerias para poder empreender. “Ruim com ele, pior sem ele?”, questiona o professor. 
 
Wanderley 2016Publicado- 20-03-15
Colunista-Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras, tradutor e intérprete, coordenou a Academia de Micro-finanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo, micro-finanças e marketing pessoal. Atualmente ministra palestras sobre empreendedorismo, marketing Pessoal e língua portuguesa para concursos públicos.
Foto- Edi Souza e Nalva Lima
 
Começar um empreendimento sozinho não é nada fácil. Começar em grupo, seja que tamanho for, talvez seja pior ainda! Mas é aquele chamado “mal necessário”. Ou ainda “ruim com ele, pior sem ele”, sabe?
 
Evidentemente quem optar em dividir responsabilidades e trabalho é uma atitude que demonstra inteligência e perspicácia. É mais fácil erguer um halteres de 100kg sozinho ou com uma pessoa em cada uma de suas extremidades?
 
Mas eis o primeiro desafio: você está preparado para dividir as suas atribuições, há confiança em você mesmo para que comece a delegar tarefas e responsabilidades? A pior parte deste trabalho é entrarmos em reflexão com nós mesmos e medir o grau de nosso egoísmo e arrogância; reflita: o quanto estou preparado em poder confiar uma responsabilidade até então minha a uma terceira pessoa? Serei forte para, a partir do momento que passei o bastão, não me intrometer em suas decisões e ações?
 
Se o autocontrole estiver bem calibrado, você está pronto para seguir em frente e começar a avaliar quem chamar se concretizar esta união?
 
Os primeiros a entrarem não poderão ser desconhecidos. E mesmo escolhendo conhecidos, pode-se haver um engano gerado pela simpatia excessiva pré-existente entre uns e outros. Lembre-se de que estamos construindo um negócio que será para durar e não um encontro de duplas para uma partida de cartas de final de semana, ok?
 
Chame para um conversa franca e direta os conhecidos de quem você se lembrou. Divida com todos, durante a promoção de uma reunião bem agradável e tranquila, o seu plano de negócio, seu projeto inicial, seus objetivos e metas para um futuro próximo.
 
Neste momento de bate-papo descontraído, você começará a descobrir as aptidões de cada um do grupo de maneira espontânea e muito clara. A partir dessa percepção, pode-se ir oferecendo cargos e funções específicas aos amigos, mas sempre os deixando à vontade para o aceite ou recusa, afinal de contas nada, acima de tudo, poderá estragar os laços de amizade de anos a fio, não é mesmo?
 
Muito provavelmente uma única reunião não deverá ser suficiente para se concluir a formação do grupo empreendedor.
Coloque sobre a mesa os pontos importantes a serem desenvolvidos no futuro empreendimento e colha as opiniões de cada um, sem contestar ou com negativas incisivas e críticas ácidas. Desenvolva as ideias lançadas, peça opiniões e sugestões de quem está presente. O momento é para que apareçam furos no plano, defeitos no planejamento que, muitas vezes, o próprio autor não vê, não os enxerga, pois os olhos do vizinho sempre serão mais críticos.
 
Caso necessário reformule, volte à prancheta de desenho e aprimore.
 
Uma vez cada um tendo aceito a sua mais nova posição dentro do empreendimento, estabeleça prazos de entregas de relatórios de desempenho e já marque algumas reuniões que deverão se tornar periódicas.
 
É de extrema importância de que o grupo esteja em sintonia, acreditando no modelo de negócio, construir uma confiança mútua, mostrar comprometimento e sede de crescer.
 
Mesmo assim não é raro que pequenos conflitos surjam, por isso a importância das reuniões, neste primeiro momento, em uma constância periódica. é a oportunidade em compartilharem os seus pontos de vista, sugestões e adequações à nova realidade comercial e perante aos demais funcionários ficar clara a imagem de que são colaboradores de um grupo uníssono em que podem continuar trabalhando com tranquilidade e confiança.