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Ouvir, refletir e agir

Na edição desta semana, professor Wanderley Rodrigues Junior, convida os empreendedores e leitores do Pró Trabalhador a ‘saírem da caixa’ e com a ajuda de gestores, colaboradores e até mesmo da concorrência a buscar caminhos para ir cada vez mais longe. 
 
Wanderley 2016Publicado: 28-05-15
Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras, tradutor e intérprete, coordenou a Academia de Micro-finanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo, micro-finanças e marketing pessoal. Atualmente ministra palestras sobre empreendedorismo, marketing Pessoal e língua portuguesa para concursos públicos.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
 
Quem está à frente de uma empresa é considerado o único responsável pelo sucesso ou fracasso do negócio. Entretanto, engana-se aquele que pensa que, só por ser o empreendedor responsável, tenha que trabalhar, pensar e tomar decisões sozinho.
 
Ser empreendedor não é, apesar de parecer, decidir-se em tomar uma posição solitária. As decisões não devem ser tomadas sozinho. Dividir com os gestores (e por que não até com os seus colaboradores?) uma ideia, além de ser uma prática que valoriza a figura de um líder, traz a certeza de que será a realização de um trabalho cujo intuito é trazer o benefício a todos em que nele estiverem envolvidos.
 
E mais: se for avante e der certo, não se deve esquecer de compartilhar também todos os méritos. Por outro lado, se der errado, lembre-se de que a culpa também não é de uma única pessoa, afinal de contas o aval final foi seu.
“Sair da caixa” é uma expressão que se aplica também muito bem neste caso em que se deseja ampliar a visão em se haver contribuição a partir de parcerias. O que quero dizer é que o empreendedor moderno e de visão não há o porquê tornar-se ou mesmo continuar em uma posição egoísta ou temerosa em se compartilhar ideias até mesmo com o concorrente. O momento é de ouvir a experiência.
 
Periodicamente, juntas, associações e federações comerciais, SEBRAE e instituições especializadas na assistência a empreendedores promovem encontros justamente para que os participantes troquem ideias e experiências. É o chamado “networking”, uma palavra de origem inglesa que indica a capacidade de estabelecer uma rede de contatos ou uma conexão com algo ou com alguém. Ou seja, uma rede de contatos onde existe a partilha de serviços e informações entre indivíduos ou grupos que têm um interesse em comum.
 
E o interesse é o desenvolvimento e crescimento em conjunto. Nada de mentalidade retrógrada de que “tenho que ser o único no mercado”, pois já se sabe que atualmente é bem mais enriquecedor e motivador quando se há uma concorrência, pois leva o empreendedor a aperfeiçoar-se, buscar novas soluções e atitudes, inovar.
Certo é o que diz um provérbio africano: “se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá acompanhado”.