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Reclamar e agir

Na coluna de empreendedorismo desta semana o professor Wanderley Rodrigue Junior convida os leitores a uma mudança de paradigmas. “Que tal buscar novas ideias e soluções?”.

Publicado: 16/10/15

Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras,  Tradutor e Intérprete, coordenou a Academia de  Microfinanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo,  microfinanças e marketing pessoal. Atualmente realiza palestras sobre empreendedorismo e marketing  pessoal e ministra  Língua Portuguesa para candidatos a concursos públicos.

Foto: Edi Souza e Nalva Lima

 

Quem nunca reclamou de algo ou alguém que atire a primeira pedra! Com certeza você poderia listar mil e uma razões para poder reclamar, mas, paralelamente a isso, você já pensou também em montar uma lista de soluções e novas ideias?

A reclamação, na maioria das vezes, vem por um sentimento de frustração, de uma necessidade não atendida, de uma empatia não funcional. E, neste sentido, lembre-se de que você não é e nunca será o único reclamão na área. Seus colaboradores também reclamam... até de você, empreendedor.

Wanderley 2016Às vezes, a reclamação serve-nos apenas como uma simples válvula de escape para desabafar em resposta a algum outro desapontamento passado. Uma maneira de compensar uma frustração reprimida, uma negação à autoavaliação ou o não querer assumir um erro cometido.

E, perante quaisquer que sejam as condições em que você se encontre, vai assumir apenas esta posição de quem reclama ou está a fim de encontrar um meio, uma resposta à sua situação? Você já se permitiu parar para pensar qual é o seu real propósito junto às suas reclamações? Seria apenas um construir de muros para tentar se evitarem outras frustrações ou um meio em se ganhar a atenção alheia para que a sua posição de coitado, de vítima e de carência de atenção se firmem? Percebe que em nenhum dos dois casos há algo de bom?

O empreendedor é um forte: não tem tempo para brincar de esconde-esconde atrás dos problemas nem ficar esperando que alguém lhe estenda a mão. A sua própria iniciativa é a solução!

No lugar de reclamar por que não se senta para refletir sobre a existência de uma gama de outras possibilidades de ação para suprir as suas necessidades?

Quem sustenta um espírito empreendedor prova a sua audácia em mostrar que pode sair da bolha em que se recolheu. Repare que a pessoa que reclama de tudo e de todos não vê as possibilidades, mesmo aquelas mais evidentes à sua frente, está preso à sua própria condição de negatividade e de desmotivação.

E qual é o preço que você está disposto a pagar para que se coloquem essas possibilidades em prática? Sim, porque reclamar sai barato demais, é confortável, não dá trabalho, a ajuda provavelmente virá logo de um ombro amigo a quem se recorre para que o fardo, que é seu, possa ser transferido.

Enfrentar os riscos do fracasso, fazer sacrifícios, assumir a culpa, voltar a planejar, acordar cedo e dormir tarde, não ter mais finais de semana nem férias, talvez sejam condições muito sofredoras para quem prefere ficar onde já está e, o pior, regredir. Ou vamos a partir de agora contar com uma nova mentalidade, uma nova atitude em se tirar vantagem deste pseudossofrimento e fazer disso tudo uma aprendizagem para o seu crescimento pessoal e profissional?

A reclamação em si pode ser interpretada como uma recusa ao enfrentamento da realidade em que se vive, demonstra e deixa claro aos outros a sua incapacidade em se tomar uma iniciativa, de enfrentar problemas e seguir em frente. Em uma equipe forte não pode haver um líder que reclame, mas que demonstre força em tomar inciativas e que acolha sugestões e novas ideias. Ninguém é melhor para determinar a sua própria condição do que você mesmo.

Comece analisando a sua própria reclamação, pois, se ela apareceu em algum momento, é um forte sinal de que as suas necessidades não estão sendo atendidas e você está se deixando afundar em suas frustrações.

 

Será que já não é hora de parar de reclamar e tentar encontrar as  melhores escolhas com quem entende do assunto? Você?!