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Angústia improdutiva

Essa semana a coluna de empreendedorismo do professor Wanderley Rodrigues Junior fala sobre a necessidade de buscar o equilíbrio, corpo e mente na hora de empreender: “Mesmo não querendo ou tentando evitar, aquele que está envolto pelo espírito empreendedor é antes de tudo um ser angustiado. Mas pode (e deve) ser diferente”. 
 
Publicado:10/12/15
Colunista: Wanderley Rodrigues Junior, bacharel em Letras,  Tradutor e Intérprete, coordenou a Academia de  Microfinanças do Banco São Paulo Confia, realizou cerca de 27 mil capacitações em empreendedorismo,  microfinanças e marketing pessoal. Atualmente realiza palestras sobre empreendedorismo e marketing  pessoal e ministra  Língua Portuguesa para candidatos a concursos públicos.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Wanderley 2016 
Mesmo não querendo ou tentando evitar, aquele que está envolto pelo espírito empreendedor é antes de tudo um ser angustiado.
Angustiado por querer obter resultados de crescimento e financeiro de curto prazo. Irriquieto por estar à frente e não conseguir delegar. Aflito por saber de seu cliente a avaliação de sua satisfação quanto ao serviço prestado ou ao produto consumido. Desesperado por uma resposta do banco ao seu pedido de financiamento ou daqueles com quem está em conversação para o andamento de um fluxo contínuo de negócios. Em suma, um ser à beira de um ataque de nervos!
 
Mas pode (e deve) ser diferente. Lembre-se de que aquele que atira para todos os lados desesperadamente não acerta nada e apenas gasta preciosa munição. Mais vale uma negociação concreta a longo prazo do que um resultado sazonal obtido a curto.
 
Eu já salientei por diversas vezes (e, com certeza, esta não será a última) que o mundo dos empreendimentos é uma terra em que se entra com a necessidade de manter-se com uma visão ampla e geral da situação e focada àquilo que se pretende.
 
O afoito só saberá fazer sangrar os seus recursos à exaustão, colocando em risco toda a operação com o medo dos erros, que lhe são bem pertinentes e peculiares, bem como perder-se em um processo que deveria ter sido feito com base em uma estratégia previamente definida e embasada em resultados de testes também previamente colocados a campo.
 
Calma, ponderação, acatar sugestões e tempo para avaliação do projeto são alguns pontos essenciais e necessários que sejam adotados para que falhas sejam previstas, ajustes sejam feitos e soluções estejam prontas para serem colocadas em ação oportunamente.
 
Mas, infelizmente, a angústia exagerada, que pode levar ao descontrole emocional, que acomete os empreendedores em desequilíbrio e despreparados é muito nociva aos negócios, principalmente, à sua saúde emocional. Quantos, por conta desta excessiva e vã pressão, agravam sua hipertensão e acabam correndo aos hospitais com fortes palpitações? 
 
É importante termos em mente que é extremamente necessário gerenciar as ansiedades embutidas no processo gerencial de todo e qualquer negócio e em qualquer fase de seu desenvolvimento.
 
Se ainda esse empreendedor soubesse administrar a sua angústia, moderando-a e implementando-a com boas doses de sabedoria, humildade e interação com os profissionais de sua empresa, criaria uma tensão saudável que ajudaria sua organização a se ajustar, como entidade viva que é, às exigências sempre renovadas de sua
clientela.
 
Uma atitude saudável é saber dosar essa angústia no cotidiano de sua empresa a título de antecipar tendências de consumo e descobrir vontades ainda não captadas por nenhuma pesquisa de mercado, a se posicionar junto aos clientes mais exigentes a ponto de transformar sua marca numa referência de parceria, de qualidade, de confiabilidade.
 
Saber dosar as suas ansiedades agora é colher resultados benéficos em um futuro próximo dentro de um empreendimento também saudável e com resultados e desenvolvimento fortificados. Depois é só aproveitar sem moderação!
 
Outras informações: 
http://portuguesfacilparaconcursos.blogspot.com.br/2015/10/interpetacao-de-textos-cespe-treino.html
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