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EXPERIÊNCIA

Na coluna desta semana, o Psicólogo e Life Coaching Felipe Siqueira dialoga sobre: EXPERIÊNCIA! - “Não se pode criar experiência! ” - aponta o colunista.
Publicado: 06/10/15
Colunista: Felipe Siqueira - Psicólogo e Life Coach, com especial ênfase para a qualidade de vida, orientação vocacional e sua relação com o autoconhecimento. Idealizador e co-fundador do projeto Trilha Vocacional, com formação e carreira em Administração de RH. Atualmente atua em consultório clínico e coordena programas institucionais para Recursos Humanos.
Foto: Edi Sousa e Nalva LimaStudio Artes.
 
Não se pode criar experiência!
 
Dentre as inúmeras leituras que já fiz, resgatei um conteúdo (não tão recente), mas que sempre que leio, reflito e compartilho com as pessoas nas quais trabalho. Trata-se de um candidato de um processo de seleção da Volkswagen. No processo seletivo, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: "Você tem experiência?". A redação que replico aqui foi divulgada na época, sendo desenvolvida por um dos candidatos. Na ocasião ele foi aprovado e seu texto fez muito sucesso, e ele os permitiu ser lembrado por toda sua criatividade, poesia, e acima de tudo por sua própria ótica. 
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.  
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "Qual sua experiência?". Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência. Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: "Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"
Pause para refletir.
Beijos e abraços múltiplos!
By – Felipe Siqueira
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