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A habilidade de liderar é inata ou adquirida?

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A coluna do professor Jean da abertura ao retorno dos trabalhos do Pró Trabalhador em 2016. Entre as novidades da parceria está o “Treinamento para Liderança Política”, voltado para essa nova fase da política brasileira, com menos dinheiro e mais descredito da população, vai exigir do candidato e também de suas lideranças conhecimento. A boa notícia é que não se nasce líder (Confira o artigo e entenda melhor esse processo). 
 
 
Publicado: 27-01-16
Colunista: Professor, Jean Carlos graduado em educação física e mestre em psicologia genética pela Unicamp, personal profissional coach pela SBC, autor do livro: “Encantando Mentes”, co-autor do aplicativo Power Coaching e diretor técnico da UP Desenvolvimento Humano.
Foto: Edi Souza, Nalva Lima e Fernando Ribeiro. 
 
A pergunta que encabeça o título desse artigo me foi feita em uma recente entrevista que concedi para um jovem empreendedor do marketing digital. Para responder a essa questão vou me ater a explicar primeiro os conceitos de inato e adquirido.
 
A corrente teórica inatista apregoa que o ser humano já nasce com os conhecimentos intrinsicamente forjados em seu arcabouço cerebral, ou seja, como uma semente de arvore que já possui todas as “informações” necessárias para o seu desabrochar.
 
A frente teórica que propõe uma visão adquirida baseia-se na proposição de que os conhecimentos são internalizados conforme entramos em contato com o meio que nos circunda, sendo assim, como uma folha em branco onde as informações são projetadas pouco a pouco. 
 
Voltando a pergunta do meu entrevistador: A habilidade de liderar é inata ou adquirida? 
 
Minha resposta é que a visão adquirida é mais adequada. Explico!
 
Dentre as características básicas que o líder deve ter posso citar: comunicação objetiva, visão global, domínio emocional, resiliência, dentre tantas outras. Cada uma dessas características é possível de serem desenvolvidas através de um bom treinamento de formação. 
 
Essa afirmação coloca por terra a concepção de que alguns nascem para liderar e outros para serem liderados. Não acredito nesse determinismo. Concordo sim que algumas pessoas, que por razão de espaço não cabe explicar nesse texto, omitem-se de assumir seu papel de liderança na sociedade.
 
O papel do líder hoje é um assunto tão importante que a meu ver deveria ser tema transversal de discussão dentro da sala de aula. Há um provérbio árabe que diz “um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha”
 
Julgo que temos ovelhas demais e leões de menos, tanto dentro quanto fora do ambiente corporativo. Por isso não acho catastrófico dizer que vivemos uma crise de liderança. No meu trabalho de Coach tenho atuado com muitos jovens e percebo a angústia no olhar de cada um deles quando lhes faço a seguinte pergunta:
- Me diga o nome de uma pessoa a quem você dedicaria de corpo e alma todo o seu potencial.
 
Geralmente um silêncio enorme paira no ar!
 
Pois bem, se liderar é uma competência que pode ser aprendida, por qual razão se investe tão pouco numa formação efetiva de lideres? Na minha modesta visão isso acontece justamente pelo fato de muitas empresas terem uma concepção inatista sobre o assunto. Em outras palavras, acreditam que o verdadeiro líder é uma pessoa que nasce pronta para exercer tal função. 
 
Enquanto perdurar essa forma - inatista - de enxergara liderança, infelizmente, menos oportunidades serão dadas para que novos lideres possam ser formados.
Mas ouso em ser otimista e sonho com o dia em que os jovens que me procuram para um trabalho de coaching pessoal/profissional, tenham ao menos meia dúzia de nomes para os quais dedicariam todo seu potencial.

Outras informações:
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