Dilemas que o líder pode enfrentar (parte 3)
Publicado: 14/12/15
Colunista: Professor, Jean Carlos, graduado em educação física e mestre em psicologia genética pela Unicamp, Personal Profissional Coach pela SBC, autor do livro: “Encantando Mentes”, co-autor do aplicativo Power Coaching e diretor técnico da UP Desenvolvimento Humano.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Diante desse quadro, reflita comigo! Entre dois lideres, um deve ser escolhido para ser demitido. O primeiro tem como principal competência seu conhecimento técnico acerca da área que atua, porém é incompetente no trato com pessoas. O segundo tem características inversamente contrárias.
Em sua opinião, qual dos dois lideres citados acima tem mais chance de ser demitido?
Caso tenha respondido o segundo, aquele que tem uma menor competência técnica, porém uma incomum habilidade de trabalhar com a gestão de pessoas, você errou. É isso mesmo! A maior causa de demissão dos lideres no Brasil não estão vinculados ao conhecimento teórico e sim pela inabilidade de gerir pessoas.
Recentemente, conversando com um executivo da área de transportes, o mesmo me contou uma história que corrobora o que descrevi nos parágrafos anteriores.
O Ceo Júlio (pseudônimo) disse que participou ativamente da seleção de traines para cargos de liderança na empresa que trabalhava. Dentre tantos candidatos, dois foram selecionados. Ambos com idade entre 25 e 28 anos, com graduação e pós-graduação numa das melhores universidades da América do Sul e falando fluentemente outras duas línguas além do português.
Mesmo com todas essas “credenciais”, o treinamento que era pra durar três meses, não passou de trinta dias. Motivo? Transcrevo as palavras do executivo:
- “Apesar de todo o cabedal de conhecimento dos jovens, ambos tinham uma lacuna imperdoável para quem quer exercer o papel de líder, ou seja, os dois candidatos selecionados não sabiam lidar com gente”
Pode soar estranho num primeiro momento acreditar que jovens aspirantes à liderança, especialmente com um currículo tão apresentável, não saibam adotar atitudes fortalecedores que inspirem os outros a cumprir com excelência suas tarefas. No entanto, infelizmente, essa é uma tônica no mercado de trabalho brasileiro.
Para corroborar minha linha de pensamento, recorro à frase de Norman Schwarzkopf, emérito general do exército norte americano que diz:
- “A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja a estratégia.”
Acredito incondicionalmente na capacidade do ser humano de transformar sonhos em realidade. Que tal então sonharmos juntos na construção de um país cujos lideres sejam pessoas que saibam lidar com pessoas?
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