Dilemas que o Líder pode enfrentar (parte 2)
Na continuação da série “Dilemas que o Líder enfrenta”, o Professor Jean Carlos ensina a lidar com a ‘geração Y’: “os jovens de hoje não aceitam mais relações autoritárias por parte de quem os lidera”, explica o professor.
Publicado: 14/12/15
Colunista: Professor, Jean Carlos, graduado em educação física e mestre em psicologia genética pela Unicamp, Personal Profissional Coach pela SBC, autor do livro: “Encantando Mentes”, co-autor do aplicativo Power Coaching e diretor técnico da UP Desenvolvimento Humano.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Dados recentes apontam que de cada 10 colaboradores 7 preferem trabalhar com lideres com perfil mais participativo.
Diante desse fato, você ainda busca respeito dos seus liderados sob o jargão “faça o que eu falo, mas não faça o que faço”? Se essa é a sua estratégia, sinto em lhe informar:
- Os jovens de hoje não aceitam mais relações autoritárias por parte de quem os lidera.
A força de trabalho nascida entre 1980 e 2000 já corresponde a uma significativa parcela de trabalhadores ativos no mercado profissional. Saber lidar - leia-se liderar - esses jovens é crucial para qualquer empresa.
Recentemente, conversando com um garoto de 19 anos, que já está trabalhando, ao lhe perguntar sobre como um líder deveria se portar para conquistar seu respeito e lealdade, a resposta foi sintomática:
-“Eu gosto de seguir ordens de quem me inspira, me ajuda a entender a causa do meu erro, odeio chefes que querem impor as coisas e se acham melhor do que os outros”.
O que mais me chama a atenção da resposta do jovem acima é a parte em que ele fala sobre o papel do líder em dar feedback “me ajuda a entender a causa do meu erro”.
Parte dos gestores querem profissionais prontos e acabados, já disponíveis para executar suas funções com maestria e o menor (de preferência nenhum) índice de erro possível.
Essa postura é um erro homérico!
Vivemos a cultura do perfeccionismo demagógico, ou seja, o jovem hoje deve atender desde que nasce, a alguns estereótipos, tais como: ser extrovertido, proativo, engajado etc; Pra se dar bem no mercado de trabalho.
Ocorre que essas “qualidades” atitudinais são fruto de um processo de autoconhecimento e autodesenvolvimento, que muitos adultos aposentados ainda não deram conta de desenvolver.
Por isso, o líder que pretende cativar essa massa trabalhadora formada pela nossa juventude, deve entender que o seu papel vai além de mandar, ouso dizer que o maior desafio do líder atual é aprender a desenvolver pessoas.
Você se sente preparado para tanto?
Caso a resposta seja negativa, calma, fique tranquilo (a) esse é o momento de todos nós que temos responsabilidades de liderança junto à geração Y de aprendermos como “funciona” exatamente a forma de ver o mundo deles.
Então, mãos à obra!
Outras informações:
E-Mail -jean@updesenvolvimentohumano.com.br
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