Dilemas que o líder pode enfrentar (parte 1)
O professor Jean Carlos, produziu uma série de artigos que vão contribuir para o desenvolvimento de líderes que segundo o colunista “Ajuda a buscar o que há de melhor dentro de você” e com isso ganha, o líder, os colaboradores, a instituição e também a sociedade (confira).
Publicado: 07/12/15
Colunista: Professor, Jean Carlos, graduado em educação fisíca e mestre em psicologia genética pela Unicamp, Personal Profissional Coach pela SBC, autor do livro: “Encantando Mentes”, co-autor do aplicativo Power Coaching e diretor técnico da UP Desenvolvimento Humano.
Foto: Edi Souza e Nalva Lima
Você sabia que em torno de 50% dos lideres brasileiros se consideram acima de seus colaboradores?
Na prática, a cada 10 empresas, metade possuem em seu quadro de funcionários pessoas que ocupam cargos de gestão com um comportamento norteado pela arrogância intelectual.
Essa postura equivocada não cabe mais nas relações interpessoais do ambiente corporativo, haja vista a decorrência nociva - que a partir dela - pode comprometer todo o clima organizacional.
Numa sociedade em que a informação é acessível a todos, cai por terra a justificativa de exercer liderança apenas pautada no cabedal de conhecimento técnico que um líder supostamente possa ter sobre os seus liderados.
Nesse exato momento, você mesmo pode acessar um número absurdo de dados – artigos, vídeos, dentre outros - voltados ao tema liderança. Portanto, seria ingenuidade da minha parte acreditar que só pelo fato de escrever esse artigo eu posso me considerar acima de alguém.
Para exercer uma liderança efetiva e, sobretudo conquistar o respeito da equipe que está sob sua tutela é imprescindível observar como tem lidado com a vaidade que o cargo de gestor exerce sobre você (ou exercerá, caso tenha interesse).
A soberba, com o tempo, tem mostrado sua sutil capacidade de denegrir a imagem de um líder que a princípio estava cheio de boas intenções.
Obviamente que do ponto de vista hierárquico há uma “distância” natural que deve ser respeitada entre quem lidera e quem é liderado, contudo, esse “espaço” tem muito mais haver com a autoridade moral do que com o conhecimento técnico e esse é o segredo.
Nelson Mandela, carinhosamente chamado de “Mandiba” pelos Sul Africanos, pode ser um bom exemplo de modelagem de autoridade moral. Lembro-me de uma passagem da sua biografia quando logo no primeiro dia de seu mandato de presidente teve que lidar com uma situação inusitada.
No caminho até seu gabinete presidencial, “Mandiba” presenciou vários funcionários de etnia “branca” recolhendo seus pertences em caixas de papelão como que antecipando suas inevitáveis demissões.
Mandela pede para reunir todos - “brancos” e “negros” - e anuncia:
- “o trabalho de cada um é fundamental para a África do Sul que sonhamos sozinho jamais conseguirei que esse sonho se torne realidade”
No Brasil dos meus sonhos vejo líderes que inspiram seus colaboradores a mobilizar o que há de melhor dentro de cada um. Pois esse é o papel maior de um líder: “ajudar a buscar o que há de melhor dentro de você”.
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