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Fundacentro: Prepara jovens multiplicadores de SST no RJ

 
Prof Capa
A equipe de jornalismo do Pró Trabalhador esteve essa semana na Fundacentro para conhecer projeto piloto que está instruindo jovens e multiplicando conhecimentos da promoção em Segurança e Saúde do Trabalhador (SST) em escolas e FAETECs do RJ. Confira entrevista exclusiva com a presidente da fundação, professora Maria Amélia Souza Reis. 

Publicado: 10/08/15
Texto: Regina Ramalho 
Foto: Edi Sousa Studio Artes. 
 professora I
A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), realiza um trabalho integrado ao Ministério do Trabalho e Emprego, realizando estudos, pesquisas e difundindo conhecimentos sobre Segurança e Saúde do Trabalhador. A Fundacentro atua em parceria com órgão de vigilância e inspeção do trabalho, fornecendo assessoria técnica e SST e também colaborando com a Organização Mundial de Saúde. 
 
Durante a entrevista a presidente da Fundacentro, professora, Maria Amélia, explica a importância de uma ação conjugada entre diversos órgãos, para mesmo com poucos recursos realizar a difusão de conhecimentos sobre SST, para o maior número de pessoas. 
 
“Escolhemos começar o projeto no Rio de Janeiro, porque além de possuir uma forte vocação midiática, a cidade abrigará as Olímpiadas e Paraolimpíadas em 2016, sendo assim um cenário ideal para ampla divulgação das informações relacionadas a SST”, explica Maria Amélia. 
 
A professora conta que o trabalho humanitário feito em campanhas sobre SST dentro das escolas vai auxiliar na integração dos chamados temas transversais, promovendo uma integração entre os professores, palestrantes, estudantes e a sociedade; em uma linha de construção do conhecimento inspiradas no educador Paulo Freire e do antropólogo Darci Ribeiro.
 
“O conhecimento deve chegar até a sociedade, mas para isso, devemos descontruir alguns conceitos, por isso, os jovens e as crianças podem auxiliar muito neste processo, pois os mesmos ainda não possuem conceitos formados e estão mais abertos a uma construção nova e crítica sobre a SST”, afirma a professora. 
 
O objetivo é orientar e capacitar multiplicadores junto a comunidade, sobre ações relacionadas a implementação e promoção da SST, por intermédio de oficinas e palestras
 
“As crianças e os jovens podem ser fortes agentes multiplicadores de conhecimentos, por estarem mais abertas a informação, um menino, vai auxiliando outro menino e em pares vão levando o conhecimento para sua casa, bairro e sociedade”, expõe a professora. 
 
Segundo a professora é o sujeito que ao se reconhecer como indivíduo e parte da história, começa também a contribuir para as mudanças dos outros indivíduos e mudanças do cenário coletivo. 
 
Para reforçar a proposta do projeto da Fundacentro e ressaltar a importância de se capacitar multiplicadores dos conhecimentos sobre SST, Maria Amélia conta um case de um jovem da comunidade de Barreira do Vasco RJ. 
 
“Há alguns anos, tivemos notícias de um jovem de uns oito anos que mora na comunidade de Barreira do Vasco no RJ, que sensibilizado em sua escola sobre os problemas de falta de saneamento básico e coleta de lixo, juntou um grupo com mais de trinta outros estudantes e na laje de sua casa, promovia encontros para juntos criarem ideias para limpar os entornos de uma vala que cortava a  comunidade e conscientizar a população, para que não jogassem mais lixo ao céu aberto; e ainda foram ouvir os lixeiros para entender de que maneira poderiam auxiliá-los inclusive fazendo a separação correta do lixo em casa e a ação deste menino foi um agente transformador para aquele bairro”, lembra. 
 
A Fundacentro está trabalhando com um sistema de multiplicação do conhecimento, onde os alunos das escolas técnicas,  trabalham com os mais novos, formam grupos de ações voluntárias, motivados por ideias em comum. 
 
Para a professora Maria Amélia difundir e trabalhar os conhecimentos sobre SST mesmo com poucos recursos é possível através de: 
 
“Estudantes que passam a pensar o seu conhecimento fora da caixinha, formam um compromisso uns com outros e dentro desta rede do conhecimento em SST, engajam os professores e comunidades, na promoção da cultura da prevenção nas escolas, por intermédio de uma metodologia de trabalho no qual a “criança ensina criança” e a educação segue crescendo pelos pares”, revela.
 
Por fim a educadora convida a outras instituições, empresas e principalmente o movimento sindical e a mídia a abraçarem com mais afinco a multiplicação do conhecimento SST. 
 
“Ninguém se educa sozinho, pois nós somos  seres sociais e  necessitamos uns dos outros para que ocorram as transformações necessárias para a melhoria da sociedade”. 
 
Outras informações: 
 
http://www.fundacentro.gov.br/