Ato ecumênico, shows, sorteios, atos políticos e desacordo de pensamentos marcaram as comemorações do 1º de Maio, em 2014.Confira um balanço das festas realizadas pelas centrais sindicais na cidade.
Publicado: 02/05/14
Texto: Da redação do Pró Trabalhador
Fonte: Assessorias CUT, Força Sindical
Fotos: Edi Sousa e Nalva Lima
Comemorações do 1º de Maio, em 2014, promovidas pelas centrais na cidade de São Paulo, são marcadas por divergência de pensamentos.
A festa promovida pelas centrais CUT, CTB e CSB, realizada no Vale do Anhangabaú, contou a presença de 100 mil pessoas (fonte- Comunicação CUT). Além das atrações culturais apresentadas durante toda festa, o evento foi aberto por um ato ecumênico com representantes de diversas religiões. Um diferencial foi presença durante todo o evento de interpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
As lideranças presentes defenderam a continuidade do atual projeto político brasileiro. Também ficou clara a posição da CUT, CTB e CSB de insatisfação com os órgãos de imprensa. Em mais de um dos discursos ou intervenções ouviu-se alertas sobre os perigos dos oligopólios de comunicação, isso é, os perigos de que a comunicação fique nas mãos de apenas um determinado grupo e interesses.
Durante o ato político ocorrido no final da tarde de ontem, falaram as lideranças dos sindicais e dos partidos PT, PSB, PC do B, PMDB e PDT. Discursaram:
Representante da CTB, Wagner Gomes,
Representando o PSB, Joilson Cardoso,
Presidente nacional do PcdoB, Renato Rebelo,
Presidente da Contag, Alberto Broch,
Ministro da Articulação Política do governo Dilma, Ricardo Berzoin,
Outro ministro do governo, o do Trabalho, Manoel Dias,
Presidente da CSB, Antonio Neto,
CTB, seu presidente, Adilson Araújo,
UGT, Canindé Pegado,
Senador Eduardo Suplicy (PT-SP),
Ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha,
Central dos Sindicatos Brasileiros, Antônio Neto,
Presidente da CUT, Wagner Freitas.
Na Praça Campo de Bagatelle se reuniram 1,2 milhão de pessoas (fonte assessoria de imprensa da Força Sindical). Teve sorteio de carros (19 automóveis), e cantores de diversos gêneros musicais.
Durante o ato político da Força Sindical entre as autoridades presentes e sindicalistas participaram do evento:
Aécio Neves e Eduardo Campos
Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho,
Presidente do Solidariedade, Paulinho Pereira,
Deputado federal Eduardo Cunha, líder do PSDB na Câmara,
Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias,
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres,
Secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves Juruna,
Vice-presidenta da Força Sindical e presidenta do Sindicato das Costureiras de São Paulo, Eunice Cabral,
Secretária Nacional da Mulher da Força, Maria Auxiliadora,
Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Força e presidente da Federação dos Químicos de SP,
Presidente do Sindicato da Construção Civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho,
Presidente Nacional do Sindicato dos Aposentados da Força, Carlos Andreu Ortiz e Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos,
Os políticos e lideranças ligados a Força Sindical fizeram criticas a correção de 4,5% do Imposto de Renda anunciada ontem por Dilma Rousset em pronunciamento em rede nacional.
Segundo os dirigentes da Força Sindical existe uma defasagem de 68% na tabela. A central alega temer ainda a perda de direitos trabalhistas em razão do corte da jornada e salários.
A insatisfação é fundada na Medida Provisória proposta pelo governo, que está para ser julgada e permite a flexibilização da jornada de trabalho e a redução de salários.
A MP é baseada em um programa já utilizado na Alemanha que permite que a jornada seja reduzida por seis meses e durante este período o empregado receba, pouco mais da metade de seu salário.
Além disso, o governo dividiria com a empresa a conta dos salários, complementando os rendimentos até um teto. Fato que segundo os dirigentes da Força Sindical, além de colocar em risco, direitos dos trabalhadores, pode não impedir em nada a onda de demissões, principalmente no setor automobilístico.
A igualdade entre os gêneros e as dificuldades enfrentadas por aposentados e pensionistas, também foi pauta.
Em termos práticos foi votado durante a celebração a realização de dois atos. Um ato no dia 15 de maio de algumas categorias com data-base no primeiro semestre e de um outro ato no dia 6 de junho, com todas as categorias. Ambos os atos foram aprovados por unanimidade.
Consenso-
Mas não só as discordâncias marcaram as comemorações. Algumas das reivindicações acordadas durante a 8ª Marcha das Centrais Sindicais foram reafirmadas durante os dois eventos, sendo um consenso entre as centrais CUT, CTB, CSB, UGT e Força Sindical. São elas:
Manutenção da política de valorização do Salário Mínimo;
Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário;
Fim do Fator Previdenciário;
10% do PIB para a Educação;
10% do Orçamento da União pra Saúde;
Reforma Agrária e Agrícola;
Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação Coletiva no Setor Público);
Combate à demissão imotivada, com a aprovação da Convenção 158 da OIT;
Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres;
Valorização das aposentadorias;
Redução dos juros e do superávit primário;
Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda (IRPF);
Não ao PL 4.330 da terceirização;
Transporte público de qualidade;
Fim dos leilões do petróleo
Outras informações-
http://www.fsindical.org.br/new/