Acontece nesta quarta-feira a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora
O evento reuniu no último ano em Brasília 50 mil trabalhadores. Centrais fazem apelo à imprensa: “Estamos fazendo tudo dentro da lei e de forma organizada, então ao invés de pedir a população para desviar das ruas, ajudem a informar que só temos direitos hoje em razão das manifestações de classe e isso não teria acontecido sem termos idos para as ruas protestar”, solicita o secretário da CUT.
Publicado: 07/04/14
Texto: Da redação do Pró Trabalhador
Fonte: Assessorias CUT, Força Sindical e UGT.
Fotos: Aniger Comunicação
Na próxima quarta-feira, dia 09, acontece a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora “Por mais direitos e qualidade de vida”, a coletiva para a organização do ato público, aconteceu hoje, na sede UGT-SP.
Explanação dos presidentes-
A proposta foi apresentada para os jornalistas presentes por representantes das centrais sindicais. O presidente da UGT, Ricardo Patah abriu os trabalhos ressaltando a importância da unidade sindical.
“A unidade das centrais contribui para fortalecer as propostas e para garantir a manutenção dos empregos, principalmente no comercio, sem falar em outros itens como o Fator Previdenciário que prejudica principalmente quem vai se aposentar”, ressalta Patah.
O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas cobrou políticas de contenção ao crescente desemprego.
“Não pode deixar o desemprego caminhar pelo país, para depois tentar tomar providências, é preciso agir logo”, pontou Dantas.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, chamou a atenção para as tentativas do governo de mudar a formar de aumentar o salário.
“Não podemos deixar o governo mexer na fórmula de valorização do salário mínimo, isso oneraria ainda mais o trabalhador”, explicou Torres.
Para o presidente da NCST, José Calixto Ramos, entre diversos pontos levantados destacou a necessidade da promoção das reformas agrária e agrícola.
“O governo fez uma serie de reuniões, mas não apontou para um entendimento sobre as reformas agrárias e agrícolas”, reivindicou Calixto.
Adilson Araujo, presidente da CTB, falou sobre as expectativas e possibilidades de melhorias em razão da Copa do Mundo.
“Não tínhamos expectativas que os problemas do país fossem ser solucionados com a Copa do Mundo, mas que coisas positivas fossem acontecer. O Brasil não pode abrir mão de capitalizar com a Copa, mesmo diante desta crise que enfrentamos”, Araujo.
A CUT foi representada por seu secretário geral, Sérgio Nobre, que defendeu o fato de comparado a outros países em desenvolvimento o Brasil estar crescendo.
“O Brasil está crescendo porque achou o caminho para a diminuição da pobreza”, afirma. “Vamos para rua não contra ninguém, mas na defesa de bandeiras da classe trabalhadora”, coloca Nobre.
O evento foi finalizado com a exposição de Nobre que fez um apelo em nome das centrais à imprensa presente.
“Estamos fazendo tudo dentro da lei e de forma organizada, então ao invés de pedir a população para desviar das ruas, ajudem a informar que só temos direitos hoje em razão das manifestações de classe e isso não teria acontecido sem termos idos para as ruas protestar”, finalizou o secretário.
Pauta de 2014-
Manutenção da política de valorização do Salário Mínimo;
Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário;
Fim do Fator Previdenciário;
10% do PIB para a Educação;
10% do Orçamento da União pra Saúde;
Reforma Agrária e Agrícola;
Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação Coletiva no Setor Público);
Combate à demissão imotivada, com a aprovação da Convenção 158 da OIT;
Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres;
Valorização das aposentadorias;
Redução dos juros e do superávit primário;
Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda (IRPF);
Não ao PL 4.330 da terceirização;
Transporte público de qualidade;
Fim dos leilões do petróleo
Serviço-
A 8ª Marcha da Classe Trabalhadora acontece nesta quarta-feira, dia 09/04.
Concentração- Praça da Sé
Horário- 10h
Destino- Vão do Masp, na Avenida Paulista- SP.