QUANDO A COMUNICAÇÃO DO INDIVÍDUO CONTRIBUI OU ATRAPALHA O GRUPO?
Foto: Edi Sousa e Nalva Lima - Studio Artes
Revisão: Professor Wanderley Rodrigues Junior
Colunista: Regina Ramalho é fundadora da www.noticiaprotrabalho.com.br e atua também como jornalista, jurista, palestrante, cerimonialista e gestora especializada em comunicação estratégica e construção de imagens; consultora comportamental, facilitadora organizacional, vendedora profissional e educadora financeira pela metodologia DSOP; presidente da Comissão de Diversidade e Inclusão, da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros).
#PraCegoVer: Regina é loura, com olhos verdes.
Sempre! Com embasamento nesta afirmação, vamos estudar o conceito de pessoalidade.
Segundo o dicionário Aurélio, pessoalidade é a qualidade ou estado de existir da pessoa. As características próprias e particulares que definem moralmente uma pessoa, celebridade; alguém que possui relevância social, cultural, política, etc..
Quando estamos falando de um grupo, seja ele político, religioso, teatral, esportista, de músicos, cantores, organizações, etc., a comunicação da pessoa que é membro contribui ou atrapalha sim (e muito).
Na coligação, por mais que a pessoa seja um indivíduo único e com diversas características e metas próprias, o estado grupal em que se encontra exige deste indivíduo comportamentos, valores, postura e discursos compatíveis com a confraria a que esta optou por pertencer.
A sociedade em rede faz com que o indivíduo perca ainda mais a pessoalidade.
Então como separar o público do privado? É possível?
Essa foi uma pergunta que me fizeram recentemente em um treinamento de Construção de Imagem Grupal.
Não! foi o que respondi ao grupo. Não é novidade que a forma como o indivíduo se comporta ou se comunica na vida privada afetará o grupo.
Exemplo: o então candidato a Presidente da República, Ciro Gomes, perdeu a campanha em 2002 e, segundo ele próprio, relata em entrevista (Jornal Estadão, março/2018), em razão do fato de ter respondido (ironicamente) uma provocação de um jornalista na época de sua candidatura.
Na ocasião Ciro coloca: a importância de minha mulher, Patrícia Pillar, na campanha, estava no fato de ela dormir comigo, disse ele. Segundo Ciro isso lhe rendeu inúmeros ataques da mídia e eleitores, sendo ele acusado de machista, etc.
Pergunto, agora, a você: o casamento de um homem e uma mulher não é uma instituição privada?
Então por que uma simples frase ou afirmação sobre sua pessoalidade poderia derrotar um candidato?
Olha que não estamos falando de traição, corrupção, atitudes diferentes do discurso, etc. Falamos de uma simples afirmação, mas que é lembrada há mais de 20 anos.
Determinadas características, valores ou comportamentos da pessoa (mesmo na esfera privada) podem prejudicar o grupo em relações de negócios, cumprimento de metas ou relacionamento interno. Por isso, quando falamos de grupo, é fundamental, antes da formação de um ou de optarmos por participar de algum, verificar se nossos valores estão realmente afinados com os objetivos dele.
Escrever a missão, visão e valores, estabelecer um código de ética com direitos e deveres, refletir e até mesmo escrever que tipos de comportamentos não serão aceitos e, por fim, lembrar com frequência a todos os integrantes que tipo de aliança foi estabelecido e que, sim, o seu comportamento privado, exposto em suas redes sociais, pode e deve ser motivo de exclusão, caso o integrante não esteja mais alinhado com os termos e objetivos estabelecidos.
Em minha empresa tivemos um caso muito semelhante. Após seis meses trabalhando a construção de imagem de um de nossos integrantes, fui surpreendida com uma publicação do membro (alegado âmbito privado) totalmente antagônica ao que estávamos produzindo há meses.
Para piorar o quadro, descubro que as tais publicações ainda contavam com a participação (assinada) de outros dois membros de minha equipe, o que fez com que uma das pessoas que recebeu a publicação questionar-me se tínhamos mudado a nossa linha editorial para um trabalho humorístico.
Convidei os três integrantes para conversarmos. Dois deles atenderam a minha solicitação e alegaram ter sido uma brincadeira (algo particular) e que não tinham tido a intenção de prejudicar.
Mesmo sem intenção, prejudicaram sim! Além do tempo e dinheiro perdidos e dedicados na construção inédita da imagem da pessoa, a tal brincadeira poderia ter destruído uma sociedade (ou pior: a amizade).
Na nossa empresa, a história até que teve um final feliz. O ciclo foi rompido através de um diálogo saudável com dois dos três integrantes. A sociedade, a amizade e a parceria seguem até hoje ainda mais fortes.
E quanto ao terceiro elemento? Até hoje não apareceu, não ligou ou escreveu para pôr um ponto final no ocorrido.
Por isso, por experiência própria, fica a sugestão ou recomendação para que se alinhem, realinhem e frequentemente, trabalhem as diretrizes da comunicação da organização.
Caso um membro não esteja alinhado com o grupo e com o que ele deseja comunicar e alcançar, é melhor convidá-lo a se retirar. Se for você quem pensa diferente do time, busque novos ares. Afinal, como diz o ditado popular: uma maçã podre estraga todo o cesto, imagine só uma única maçã boa em um cesto com outras maçãs estragadas?
Como anda a sua comunicação grupal? Já parou para pensar sobre isso?
Outras informações:
ASSESSORIA EM CONSTRUÇÃO DE IMAGEM
Venha descobrir como saí da caixa preta e me tornei aquela que constrói imagens de sucesso. (Regina Ramalho).
Assista ao depoimento de quem nos reconhece e recomenda: https://bit.ly/2IE4EmU.
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