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Como ter sucesso e reconhecimento na carreira

Akemi é descendente de oriental com brasileiro, é branca. Usa cabelos pouco abaixo dos ombros prestos com mexas douradas. Veste camisa e calça Branca e por cima da camisa blazer azul escuro. Sorriso largo, sobrancelhas desenhadas, batom e unhas vermelhas. Como ter sucesso e reconhecimento na carreira

Publicado: 27-06-18
Foto: Edi Sousa - Studio Artes
Colunista: Akemi Shida é psicóloga, coach de carreira e processos seletivos, psicodramatista, escritora e consultora comportamental, com MBA em Gestão Estratégica de Negócios. Há mais de 15 anos atuou como Headhunter em grandes organizações. Em Angola foi uma das responsáveis pela área de Recursos Humanos que recebeu o primeiro Certificado da ISO no país.

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Pra Cego Ver: Akemi é descendente de oriental com brasileiro, é branca. Usa cabelos pouco abaixo dos ombros prestos com mexas douradas. Veste camisa e calça Branca e por cima da camisa blazer azul escuro. Sorriso largo, sobrancelhas desenhadas, batom e unhas vermelhas. Esta sentada em uma poltrona branca.


O mercado de trabalho mudou muito nas últimas décadas, tornou-se muito dinâmico, a agilidade que as mudanças acontecem, suas reinvenções, o que é considerado novo hoje, torna-se obsoleto amanhã. A internet e as redes sociais alteraram profundamente as relações de trabalho, dentro e fora das organizações, estas alterações em conjunto com a crise que o mundo e o Brasil vive, nos traz um panorama de incertezas que dificultam a escolha de uma carreira, as decisões que precisam ser tomadas para crescer nas mesmas e o que realmente deve-se esperar de uma organização ou do mercado.

As carreiras também passam por estes processos de reinvenção automaticamente, por exemplo, o professor de sala de aula poderá deixar de ter tanta necessidadesde existir por causa da gamificação e do aumento do ensino a distância. As competências que o profissional de educação precisa ter atualmente não são as mesmas do passado, é necessário ter flexibilidade para primeiramente entender as necessidades das novas gerações, as mudanças nas relações com o advento da internet e ter capacidade de se adaptar e aprender frente a este novo cenário para poder se manter ativo no mercado de trabalho.

Antigamente, como as empresas demitiam muito pouco, o ideal era que os profissionais entrassem em uma empresa, tivessem a tal sonhada “carteira assinada” e se aposentassem nela. Neste contexto de organização do passado, com uma estrutura muito hierarquizada, onde o profissional por ter estabilidade, a promoção estava atrelada principalmente a maturidade no cargo e não aos resultados. Este tipo de carreira chamada de “I”, onde estava relacionada a uma estrutura rígida, linear de crescimento, os profissionais começavam nos cargos mais baixos e cresciam de forma sistemática e temporal. Existia uma ordem de posições e cada etapa era definida e diferenciada de acordo com um conjunto específico de responsabilidades e atribuições. E crescimento profissional neste tipo de estrutura acabava sendo muito moroso, pois era possível subir somente um degrau por vez. Para chegar a um cargo de gerente podia demorar até 10 anos, além deste tipo de estrutura permitir somente uma carreira gerencial, podendo ser um problema para um profissional muito técnico e que não queria ter um cargo de liderança.

Apesar deste modelo estar em desuso pelas empresas e principalmente o jovem de hoje não querer esperar tanto tempo para crescer, suas expectativas ainda acontecem neste modelo. Em alguns casos responsabilizam a empresa por seu crescimento e podem não assumir as rédeas de sua trajetória profissional. A sorte pode nos ajudar, no sentido de estarmos no lugar certo, no momento ideal, porém se não tivermos preparados para abraçar a oportunidade, de nada adiantará. Muitos reclamam de a empresa não dar oportunidades, porém não se preparam para tal. Temos que ser protagonista de nossa história profissional, somos nós que temos que definir para onde vamos, se planejar e se preparar.

Antigamente podíamos nos “aposentar” em uma empresa, pois as mudanças eram muito morosas. Nos dias atuais com tantas incertezas, no nosso caso, onde passamos por uma das maiores crises da história, onde o desemprego estrutural rompe com o nosso ideário de carreira, não podemos olhar o contexto da organização e exigir que seja como lá atrás, precisamos nos desprender da hierarquia. As pessoas falam, mas não fazem, discursam, mas ainda tem dificuldade de sair de um modelo hierarquizado.
Este cenário afeta as relações de trabalho todos os dias, amanhã você não sabe se vai perder o emprego por causa de uma crise, por exemplo, e mesmo para aqueles que não perderem seus empregos acabaram acumulando mais funções. Podemos perceber que o cenário mudou e as competências esperadas hoje são diferentes do passado, a flexibilidade, capacidade de adaptação e de aprendizagem tornaram-se essenciais para termos sucesso atualmente. Estes aspectos trazem flexibilidade em nossa trajetória, se antigamente entrávamos numa carreira e a expectativa era ficarmos nela até a aposentadoria, hoje temos maior flexibilidade para escolher outras, se na que estamos não estivermos felizes. Temos a oportunidade de trabalhar em equipes multidisciplinares, podemos optar por uma carreira técnica, gerencial ou ambas ao mesmo tempo.

A principal característica deste novo cenário é a autogestão de carreira, neste caso o autoconhecimento é fundamental, pois tem mais haver com o que o indivíduo compreende sobre sua carreira e o que ele quer para ela. Se hoje sou um gerente e amanhã quero ser um especialista, dentro das organizações é possível ter esta mobilidade, quando há uma vaga em aberto.

Nos dias de hoje as organizações esperam cada vez mais que seus colaboradores tenham um alto grau de flexibilidade e versatilidade em diversos cargos e/ou projetos, ele tornou-se multidepartamental. Ou seja, ele pode ser movimentado para diversas áreas da empresa, isso dependerá do colaborador. Ele precisa ter o conhecimento de acesso à sua carreira, porém tem que desenvolver outros conhecimentos para poder atuar em outras áreas. Por exemplo, temos um profissional da área de contabilidade que participou de uma implantação do sistema SAP e liderou este projeto. No futuro se a organização precisar implementar o SAP em outras áreas ela pode convidá-lo a liderar este projeto, mesmo não sendo de sua área. Este profissional não sabe só aquilo relacionado a sua área, conhece os que as outras áreas relacionadas fazem. A base continua existindo, porém, o seu repertório é multidepartamental.
Neste cenário a carreira passa a ter diversas possibilidades ao mesmo tempo, em um momento posso atuar como especialista em uma área e concomitante posso ser gestor de um projeto. Outra possibilidade que pode acontecer é de estarmos num estágio de carreira, onde somos, por exemplo, um gerente e queremos mudar para uma outra área, neste caso teremos que voltar para a base da pirâmide para poder adquirir os conhecimentos e as habilidades necessárias.
Não existe carreira certa ou errada, e sim aquela que tem mais haver com o nosso propósito. Segundo Dutra (2017) toda carreira é construída por um processo de reflexão que está além de avaliar os pontos sequenciais de carreira, ele entende que é necessário sinalizar os pontos a serem “tocados”. Para ele:

• É necessário ter consciência do propósito de carreira e do desenvolvimento profissional - o que eu quero para a minha carreira?
• Ter ações de curto, médio e longo prazo
• Ter autoconhecimento a respeito próprio
• Diálogo entre a carreira profissional e as demais áreas da vida
• Monitoramento do propósito da carreira e do desenvolvimento profissional
O seu projeto de carreira está ligado ao seu propósito de vida? Pense a respeito, faça seu planejamento de curto, médio e longo prazo que você será feliz, terá sucesso e o tão sonhado reconhecimento.

Outras informações:

Whatsapp: 11-98100-7322
E-mail:
carreiraeproposito@gmail.com
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