Lançamento de Livro: Trabalho de pessoas com deficiência e Lei de Cotas.
Publicado: 22/07/15
Texto: Regina Ramalho
Foto: Edi Sousa Studio Artes.
O estudo foi coordenado por Carlos Aparício Clemente e Sumiko Oki Shimono e contou com colaboradores da Apae Barueri -SP, Fundação Dorina Nowill-SP, Fecomerciários-SP, Dieese, Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco, Sincovaga, Sert-Padef, Toledo Brasil Industria de Balanças Ltda, Laramara-SP, Sindicato dos Comerciários de São Paulo, além de consultores e pesquisadores sobre inclusão.
O anfitrião da casa, o presidente da UGT Nacional e dos Sindicatos dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, mesmo em recuperação de uma cirurgia na perna, fez questão de prestigiar a cerimonia e ressaltar: Enquanto não tivermos uma visão e uma perspectiva de valorização do ser humano, não avançaremos enquanto sociedade, declara.
Em entrevista exclusiva a agência de notícias do Pró Trabalhador, Clemente que também coordena o Espaço da Cidadania, que há 14 estimula o debate sobre políticas públicas voltadas para a igualdade de oportunidades, resumiu o livro em quatro pontos:
1. Há pessoas com deficiência em número suficiente para ocupar as vagas previstas na lei de cotas.
2. A formação das pessoas com deficiência é compatível com as necessidades do mercado de trabalho.
3. O Benefício de Prestação Continuada BPC não é impeditivo para ocupação das vagas da lei de cotas.
4. Riscos no trabalho não são proibitivos para o acesso de pessoas com deficiência.
5. É possível garantir a qualidade da inclusão de pessoas com deficiência no trabalho.
O livro traz números que provam que existem sim pessoas com deficiência em número suficiente e com qualificação formal e técnica para ocupar as vagas, afirma Clemente.
Em relação aos riscos no ambiente de trabalho Clemente explica: Os riscos são os mesmos de qualquer outra pessoa, lembra. Para exemplificar Clemente cita como exemplo o trabalho de inclusão de PCDs no ramo dos metalúrgicos da região de Osasco.
Em 2015, 66% das empresas da região de Osasco, já cumprem integralmente ou contratam até mais que o previsto no artigo 93 da lei 8213/91, a chamada Lei de Cotas, revela.
Durante a entrevista Clemente chamou a atenção para ilustração que aparece no Livro. Na imagem mais abaixo podemos ver trabalhando lado a lado o porteiro do Templo de Astarde, Rama, no Egito Antigo 1250 a.C. Se apoiando em um comprido bastão por causa de anomalia em uma perna, um sinal indicativo de sequelas da Poliomielite e uma foto tirada agora em 2015 de Renildo Alcântara da Silva, que opera um moderno equipamento de usinagem na empresa CINPAL, metalúrgica onde trabalha desde 2007.
O que eu quero mostrar com a figura é que com o esforço coletivo, podemos conquistar condições de igualdade e de oportunidade para todos, sejam profissionais com ou sem deficiência, finaliza.
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